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Salomão oferece sacrifícios em
Gibeão
1
Ora, Salomão, filho de Davi, fortaleceu-se no seu reino e o Senhor, seu Deus, era com ele, e muito o engrandeceu.
2 E falou Salomão a todo o Israel, aos chefes de mil e de cem, e
aos juízes, e a todos os príncipes em todo o Israel,
chefes das casas paternas.
3 E foi Salomão, e toda a congregação com ele, ao
alto que estava em Gibeão, porque ali estava a tenda da
congregação de Deus, que Moisés, servo do Senhor,
tinha feito no deserto.
4 Mas Davi tinha feito subir a arca de Deus de Quiriate-Jearim ao lugar
que lhe preparara; pois lhe havia armado uma tenda em Jerusalém.
5 Também o altar de bronze feito por Bezaleel, filho de Uri,
filho de Hur, estava ali diante do tabernáculo do Senhor; e
Salomão e a congregação o buscavam.
6 E Salomão ofereceu ali sacrifícios perante o Senhor, sobre o altar de bronze que estava junto à tenda da
congregação; ofereceu sobre ele mil holocaustos.
Salomão pede a Deus sabedoria
7 Naquela mesma noite, Deus apareceu a Salomão e lhe disse: Pede o que queres que eu te dê.
8 E Salomão disse a Deus: Tu usaste de grande benevolência
para com meu pai Davi, e a mim me fizeste rei em seu lugar.
9 Agora, pois, ó Senhor Deus, confirme-se a tua promessa, dada a
meu pai Davi; porque tu me fizeste rei sobre um povo numeroso como o
pó da terra.
10 Dá-me, pois, agora sabedoria e conhecimento, para que eu
possa sair e entrar perante este povo; pois quem poderá julgar
este teu povo, que é tão grande?
11 Então, Deus disse a Salomão: Porquanto houve isto no
teu coração, e não pediste riquezas, bens ou
honra, nem a morte dos que te odeiam, nem tampouco pediste muitos dias
de vida, mas pediste para ti sabedoria e conhecimento para poderes
julgar o meu povo, sobre o qual te fiz reinar,
12 sabedoria e conhecimento te são dados; também te darei
riquezas, bens e honra, quais não teve nenhum rei antes de ti,
nem haverá depois de ti rei que tenha coisas semelhantes.
13 Assim, Salomão veio a Jerusalém, do alto que estava em Gibeão, de diante da tenda da
congregação; e reinou sobre Israel.
As riquezas de Salomão
14 Salomão ajuntou carros e cavaleiros; teve
mil e quatrocentos carros e doze mil cavaleiros, que colocou nas
cidades dos carros e junto de si em Jerusalém.
15 E o rei tornou o ouro e a prata tão comuns em
Jerusalém como as pedras, e os cedros tantos em abundância
como os sicômoros que há na baixada.
16 Os cavalos que Salomão tinha eram trazidos do Egito e de Coa;
e os mercadores do rei os recebiam de Coa por preço determinado.
17 E faziam subir e sair do Egito cada carro por seiscentos siclos de
prata, e cada cavalo por cento e cinquenta; e assim, por meio deles
eram exportados para todos os reis dos heteus, e para os reis da
Síria.
Salomão faz aliança com Hirão
2
Ora, resolveu Salomão edificar uma casa ao nome do Senhor, como também uma casa real para si.
2 Designou, pois, Salomão setenta mil homens para servirem de
carregadores, e oitenta mil para cortarem pedras na montanha, e
três mil e seiscentos inspetores sobre eles.
3 E Salomão mandou dizer a Hirão, rei de Tiro: Como
fizeste com Davi, meu pai, mandando-lhe cedros para edificar uma casa
em que morasse, assim também fazei comigo.
4 Eis que vou edificar uma casa ao nome do Senhor, meu Deus, e lha
consagrar para queimar perante ele incenso aromático, para
apresentar continuamente o pão da preposição, e
para oferecer os holocaustos da manhã e da tarde, nos
sábados, nas luas novas e nas festas fixas do Senhor, nosso
Deus; o que é obrigação perpétua de Israel.
5 A casa que vou edificar há de ser grande, porque o nosso Deus é maior do que todos os deuses.
6 Mas quem é capaz de lhe edificar uma casa, visto que o
céu e até o céu dos céus o não podem
conter? E quem sou eu, para lhe edificar uma casa, a não ser
para queimar incenso perante ele?
7 Agora, pois, envia-me um homem hábil para trabalhar em ouro,
em prata, em bronze, em ferro, em púrpura, em carmesim, e em
azul, e que saiba lavrar ao buril, para estar com os peritos que
estão comigo em Judá e em Jerusalém, os quais
Davi, meu pai, escolheu.
8 Manda-me também madeiras de cedro, de cipreste, e de algumins
do Líbano; porque bem sei eu que os teus servos sabem cortar
madeira no Líbano; e eis que os meus servos estarão com
os teus servos,
9 a fim de me prepararem madeiras em abundância, porque a casa que vou edificar há de ser grande e maravilhosa.
10 E aos teus servos, os trabalhadores que cortarem a madeira, darei
vinte mil coros de trigo malhado, vinte mil coros de cevada, vinte mil
batos de vinho e vinte mil batos de azeite.
11 Hirão, rei de Tiro, mandou por escrito resposta a
Salomão, dizendo: Porquanto o Senhor ama o seu povo, te
constituiu rei sobre ele.
12 Disse mais Hirão: Bendito seja o Senhor, Deus de Israel, que
fez o céu e a terra, que deu ao rei Davi um filho sábio,
de grande prudência e entendimento para edificar uma casa ao
Senhor, e uma casa real para si.
13 Agora, pois, envio um homem perito, de entendimento, a saber, Hirão-Abi,
14 filho duma mulher das filhas de Dã, e cujo pai foi um homem
de Tiro; este sabe trabalhar em ouro, em prata, em bronze, em ferro, em
pedras e em madeira, em púrpura, em azul, em linho fino, e em
carmesim, e é hábil para toda obra de buril, e para toda
espécie de engenhosas invenções; para que lhe seja
designado um lugar juntamente com os teus peritos, e com os peritos de
teu pai Davi, meu senhor.
15 Agora, mande meu senhor para os seus servos o trigo, a cevada, o azeite, e o vinho, de que falou;
16 e nós cortaremos tanta madeira do Líbano quanta
precisares, e a levaremos em jangadas pelo mar até Jope, e tu
mandarás transportá-la para Jerusalém.
Os preparativos para edificar o templo
17 Salomão contou todos os estrangeiros que
havia na terra de Israel, segundo o recenseamento que seu pai Davi
fizera; e acharam-se cento e cinquenta e três mil e seiscentos.
18 E deles separou setenta mil para servirem de carregadores, e oitenta
mil para cortarem madeira na montanha, como também três
mil e seiscentos inspetores para fazerem trabalhar o povo.
Salomão edifica o templo
3 Então, Salomão
começou a edificar a casa do Senhor em Jerusalém, no
monte Moriá, onde o Senhor aparecera a Davi, seu pai, no lugar
que Davi tinha preparado na eira de Ornã, o jebuseu.
2 Começou a edificar no segundo dia do segundo mês, no quarto ano do seu reinado.
3 Estes foram os fundamentos que Salomão pôs para edificar
a casa de Deus. O comprimento em côvados, segundo a primitiva
medida, era de sessenta côvados, e a largura de vinte
côvados.
4 O pórtico que estava na frente tinha vinte côvados de
comprimento, correspondendo à largura da casa, e a altura era de
cento e vinte; e por dentro o revestiu de ouro puro.
5 A câmara maior forrou com madeira de cipreste e a cobriu de ouro fino, no qual gravou palmas e cadeias.
6 Para ornamento guarneceu a câmara de pedras preciosas; e o ouro era ouro de Parvaim.
7 Também revestiu de ouro as traves e os umbrais, bem como as
paredes e portas da câmara, e lavrou querubins nas paredes.
8 Fez também a câmara santíssima, cujo comprimento
era de vinte côvados, correspondendo à largura da casa, e
a sua largura era de vinte côvados; e a revestiu de ouro fino, do
peso de seiscentos talentos.
9 O peso dos pregos era de cinquenta siclos de ouro. Também revestiu de ouro os cenáculos.
Os dois querubins
10 Também fez na câmara santíssima dois querubins de madeira, e os cobriu de ouro.
11 As asas dos querubins tinham vinte côvados de comprimento: uma
asa de um deles, tendo cinco côvados, tocava na parede da casa, e
a outra asa, tendo também cinco côvados, tocava na asa do
outro querubim;
12 também a asa deste querubim, tendo cinco côvados,
tocava na parede da casa, e a outra asa, tendo igualmente cinco
côvados, estava unida à asa do primeiro querubim.
13 Assim, as asas destes querubins se estendiam por vinte
côvados; eles estavam postos em pé, com os rostos virados
para a câmara.
14 Também fez o véu de azul, púrpura, carmesim e linho fino; e fez bordar nele querubins.
As duas colunas
15 Diante da casa fez duas colunas de trinta e cinco
côvados de altura; e o capitel que estava sobre cada uma era de
cinco côvados.
16 Também fez cadeias no oráculo, e as pôs sobre o
alto das colunas; fez também cem romãs, as quais
pôs nas cadeias.
17 E levantou as colunas diante do templo, uma à direita, e
outra à esquerda; e chamou o nome da que estava à direita
Jaquim, e o nome da que estava à esquerda Boaz.
O mar de fundição
4
Além disso, fez um altar de bronze de vinte côvados de comprimento, vinte de largura e dez de altura.
2 Fez também o mar de fundição; era redondo e
media dez côvados duma borda à outra, cinco de altura e
trinta de circunferência.
3 Por baixo da sua borda, em redor, havia figuras de colocíntidas, dez em
cada côvado; estavam em duas fileiras, fundidas quando se fundiu o mar.
4 O mar estava assentado sobre doze bois, três dos quais olhavam
para o norte, três para o ocidente, três para o sul, e
três para o oriente; e o mar estava posto sobre os bois, cujas
ancas estavam todas para a banda de dentro.
5 Tinha quatro dedos de grossura; e a sua borda foi feita como a borda
dum copo, como a flor dum lírio; e cabiam nele mais de
três mil batos.
Outros utensílios para o templo
6 Fez também dez pias; e pôs cinco
à direita e cinco à esquerda, para lavarem nelas; isto
é, lavaram nelas o que pertencia ao holocausto. Porém, o
mar era para os sacerdotes se lavarem nele.
7 E fez dez castiçais de ouro, segundo o que fora ordenado a
respeito deles, e pô-los no templo, cinco à direita e
cinco à esquerda.
8 Também fez dez mesas, e pô-las no templo, cinco à
direita e cinco à esquerda; e fez ainda cem bacias de ouro.
9 Fez mais o átrio dos sacerdotes, e o átrio grande, e as suas portas, as quais revestiu de bronze.
10 E pôs o mar ao lado direito da casa, a sudeste.
11 Hirão fez ainda as caldeiras, as pás e as bacias.
Assim, completou Hirão a obra que fazia para o rei
Salomão na casa de Deus:
12 as duas colunas, os globos, e os dois capitéis no alto das
colunas; as duas redes para cobrir os dois globos dos capitéis
que estavam no alto das colunas;
13 e as quatrocentas romãs para as duas redes, duas fileiras de
romãs para cada rede, para cobrirem os dois globos dos
capitéis que estavam em cima das colunas.
14 Também fez as bases, e as pias sobre as bases;
15 o mar, e os doze bois debaixo dele.
16 Semelhantemente as caldeiras, as pás, os garfos e todos os vasos, os fez
Hirão-Abi de bronze luzente para o rei Salomão, para a casa do Senhor.
17 Na campina do Jordão os fundiu o rei, na terra argilosa entre Sucote e Zeredá.
18 Salomão fez todos estes vasos em grande abundância, de sorte que o peso do bronze não se podia averiguar.
19 Assim, fez Salomão todos os vasos que eram para a casa de
Deus, o altar de ouro, as mesas para os pães da
proposição,
20 os castiçais com as suas lâmpadas, de ouro puro, para
arderem perante o oráculo, segundo a ordenança;
21 as flores, as lâmpadas e as tenazes, de ouro puríssimo,
22 como também as espevitadeiras, as bacias, as colheres e os
braseiros, de ouro puro. Quanto à entrada da casa, tanto as
portas internas, do lugar santíssimo, como as portas da casa,
isto é, do santuário, eram de ouro.
As dádivas de Davi colocadas no templo
5 Assim, se completou toda a obra que
Salomão fez para a casa do Senhor. Então, trouxe
Salomão as coisas que seu pai Davi tinha consagrado, a saber, a
prata, e ouro e todos os vasos, e os pôs nos tesouros da casa de
Deus.
Salomão traz para o templo a arca
2 Então, Salomão congregou em
Jerusalém os anciãos de Israel, e todos as cabeças
das tribos, os chefes das casas paternas dos filhos de Israel, para
fazerem subir da cidade de Davi, que é Sião, a arca do
pacto do Senhor.
3 E todos os homens de Israel se congregaram ao rei na festa, no sétimo mês.
4 E, tendo chegado todos os anciãos de Israel, os levitas levantaram a arca;
5 e fizeram subir a arca, a tenda da congregação e todos
os utensílios sagrados que estavam na tenda; os sacerdotes
levitas os levaram.
6 Então, o rei Salomão e toda a congregação
de Israel, que se havia reunido a ele diante da arca, sacrificavam
carneiros e bois, que não se podiam contar nem numerar por causa
da sua multidão.
7 Assim, trouxeram os sacerdotes a arca do pacto do Senhor para o seu
lugar, no oráculo da casa, no lugar santíssimo, debaixo
das asas dos querubins.
8 Porque os querubins estendiam as asas sobre o lugar da arca, cobrindo a
arca e os seus varais.
9 Os varais eram tão compridos que as suas pontas se viam
perante o oráculo, mas não se viam de fora; e ali tem
estado a arca até o dia de hoje.
10 Na arca não havia coisa alguma senão as duas
tábuas que Moisés ali tinha posto em Horebe, quando o
Senhor fez um pacto com os filhos de Israel, ao saíram eles do
Egito.
11 Quando os sacerdotes saíram do lugar santo (pois todos os
sacerdotes que se achavam presentes se tinham santificado, sem
observarem a ordem das suas turmas;
12 também os levitas que eram cantores, todos eles, a saber,
Asafe, Remã, Jedútum e seus filhos, e seus irmãos,
vestidos de linho fino, com címbalos, com alaúdes e com
harpas, estavam em pé ao lado oriental do altar, e juntamente
com eles cento e vinte sacerdotes, que tocavam as trombetas) ,
13 e quando em uníssono, a um tempo, tocaram as trombetas e
cantaram para se fazerem ouvir, louvando ao Senhor e dando-lhe
graças, e quando levantavam a voz com trombetas, e
címbalos, e outros instrumentos de música, e louvavam ao
Senhor, dizendo: Porque ele é bom, porque a sua benignidade dura
para sempre; então, se encheu duma nuvem a casa, a saber, a casa
do Senhor,
14 de modo que os sacerdotes não podiam ter-se em pé,
para ministrar, por causa da nuvem; porque a glória do Senhor
encheu a casa de Deus.
Salomão fala ao povo
6
Então, disse Salomão: O Senhor disse que habitaria nuvem espessa.
2 E eu te construí uma casa para morada, um lugar para a tua eterna habitação.
3 Então, o rei virou o rosto e abençoou toda a
congregação de Israel; e toda a congregação
estava em pé.
4 E ele disse: Bendito seja o Senhor, Deus de Israel, que pelas suas
mãos cumpriu o que falou pela sua boca a Davi, meu pai, dizendo:
5 Desde o dia em que tirei o meu povo da terra do Egito, não
escolhi cidade alguma de todas as tribos de Israel para edificar nela
uma casa em que estivesse o meu nome, nem escolhi homem algum para ser
chefe do meu povo de Israel;
6 mas escolhi Jerusalém para que ali estivesse o meu nome; e escolhi Davi para que estivesse sobre o meu povo
de Israel.
7 Davi, meu pai, teve no seu coração o propósito de edificar uma casa ao nome do Senhor, Deus de Israel.
8 Mas o Senhor disse a Davi, meu pai: Porquanto tiveste no teu
coração o propósito de edificar uma casa ao meu
nome, fizeste bem em ter isto no teu coração.
9 Contudo, tu não edificarás a casa, mas teu filho, que
há de proceder de teus lombos, esse edificará a casa ao
meu nome.
10 Assim, cumpriu o Senhor a palavra que falou; pois eu me levantei em
lugar de Davi, meu pai, e me assentei sobre o trono de Israel, como
prometeu o Senhor, e edifiquei a casa ao nome do Senhor, Deus de Israel.
11 E pus nela a arca, em que está o pacto que o Senhor fez com os filhos de Israel.
Salomão ora a Deus
12 Depois, Salomão se colocou diante do altar
do Senhor, na presença de toda a congregação de
Israel, e estendeu as mãos
13 (pois Salomão tinha feito uma plataforma de bronze, de cinco
côvados de comprimento, cinco de largura e três de altura,
a qual tinha posto no meio do átrio; a ela assomou e, pondo-se
de joelhos perante toda a congregação de Israel, estendeu
as mãos para o céu),
14 e disse: Ó Senhor, Deus de Israel, não há, nem
no céu nem na terra, Deus semelhante a ti, que guardas o pacto e
a beneficência para com os teus servos que andam perante ti de
todo o seu coração;
15 que cumpriste ao teu servo Davi, meu pai, o que lhe falaste; sim,
pela tua boca o disseste, e pela tua mão o cumpriste, como se
vê neste dia.
16 Agora, pois, Senhor, Deus de Israel, cumpre ao teu servo Davi, meu
pai, o que lhe prometeu, dizendo: Nunca te faltará varão
diante de mim, que se assente sobre o trono de Israel; tão
somente que teus filhos guardem o seu caminho para andarem na minha
lei, como tu andaste diante de mim.
17 Agora, pois, Senhor, Deus de Israel, confirme-se a tua palavra, que falaste ao teu servo Davi.
18 Mas, na verdade, habitará Deus com os homens na terra? Eis
que o céu e o céu dos céus não te podem
conter; quanto menos esta casa que tenho edificado!
19 Contudo, atende à oração e à
súplica do teu servo, ó Senhor, meu Deus, para ouvires o
clamor e a oração que o teu servo faz diante de ti;
20 que dia e noite estejam os teus olhos abertos para esta casa, sim,
para o lugar de que disseste que ali porias o teu nome; para ouvires a
oração que o teu servo fizer neste lugar.
21 Ouve as súplicas do teu servo, e do teu povo de Israel, que
fizerem neste lugar; sim, ouve do lugar da tua habitação,
do céu; e, ouvindo, perdoa.
22 Se alguém pecar contra o seu próximo, e lhe for
exigido que jure, e ele vier jurar perante o teu altar, nesta casa,
23 ouve, então, do céu, age e julga os teus servos: paga
ao culpado, fazendo recair sobre a sua cabeça o seu proceder, e
justifica ao reto, retribuindo-lhe segundo a sua retidão.
24 Se o teu povo de Israel for derrotado diante do inimigo, por ter
pecado contra ti; e eles se converterem, e confessarem o teu nome, e
orarem e fizerem súplicas diante de ti nesta casa,
25 ouve, então, do céu, e perdoa os pecados do teu povo
de Israel, e torna a levá-los para a terra que lhes deste a eles
e a seus pais.
26 Se o céu se fechar e não houver chuva, por terem
pecado contra ti; se orarem, voltados para este lugar, e confessarem o
teu nome, e se converterem dos seus pecados, quando tu os afligires,
27 ouve, então, do céu, e perdoa o pecado dos teus
servos, e do teu povo de Israel, ensinando-lhes o bom caminho, em que
devem andar, envia chuva sobre a tua terra, que deste ao teu povo em
herança.
28 Se houver na terra fome ou peste, se houver crestamento ou ferrugem,
gafanhotos ou lagarta; se os seus inimigos os cercarem nas suas
cidades; seja qual for a praga ou doença que houver;
29 toda oração e toda súplica que qualquer homem
ou todo o teu povo de Israel fizer, conhecendo cada um a sua praga e a
sua dor, e estendendo as suas mãos para esta casa,
30 ouve, então, do céu, lugar da tua
habitação, perdoa e dá a cada um conforme todos os
seus caminhos, segundo vires o seu coração (pois tu,
só tu conheces o coração dos filhos dos homens)
31 para que te temam e andem nos teus caminhos todos os dias que viverem na terra que deste a nossos pais.
32 Assim também ao estrangeiro, que não é do teu
povo Israel, quando vier de um país remoto por amor do teu
grande nome, da tua mão poderosa e do teu braço
estendido, vindo ele e orando nesta casa,
33 ouve, então, do céu, lugar da tua
habitação, e faze conforme tudo o que o estrangeiro te
suplicar, a fim de que todos os povos da terra conheçam o teu
nome, e te temam como o teu povo de Israel, e saibam que pelo teu nome
é chamada esta casa que edifiquei.
34 Se o teu povo sair à guerra contra os seus inimigos, seja
qual for o caminho por que os enviares, e orarem a ti, voltados para
esta cidade que escolheste e para a casa que edifiquei ao teu nome,
35 ouve, então, do céu a sua oração e a sua súplica, e defende a sua causa.
36 Se pecarem contra ti (pois não há homem que não
peque), e tu te indignares contra eles, e os entregares ao inimigo, de
modo que os levem em cativeiro para alguma terra, longínqua ou
próxima;
37 se na terra para onde forem levados em cativeiro caírem em
si, e se converterem, e na terra do seu cativeiro te suplicarem,
dizendo: Pecamos, cometemos iniquidade, procedemos perversamente;
38 se eles se arrependerem de todo o seu coração e de
toda a sua alma, na terra do seu cativeiro, a que os tenham levado
cativos, e orarem voltados para a sua terra, que deste a seus pais, e
para a cidade que escolheste, e para a casa que edifiquei ao teu nome,
39 ouve, então, do céu, lugar da tua
habitação, a sua oração e as suas
súplicas, defende a sua causa e perdoa ao teu povo que houver
pecado contra ti.
40 Agora, ó meu Deus, estejam os teus olhos abertos, e os teus
ouvidos atentos à oração que se fizer neste lugar.
41 Levanta-te, pois, agora, Senhor Deus, e vem para o lugar do teu
repouso, tu e a arca da tua fortaleza; sejam os teus sacerdotes,
ó Senhor Deus, vestidos de salvação, e os teus
santos se regozijem no bem.
42 Senhor Deus, não faças virar o rosto do teu ungido;
lembra-te das tuas misericórdias para com teu servo Davi!
A glória de Deus enche o templo
7 Tendo Salomão acabado de orar,
desceu fogo do céu e consumiu o holocausto e os
sacrifícios; e a glória do Senhor encheu a casa.
2 E os sacerdotes não podiam entrar na casa do Senhor, porque a glória do Senhor tinha enchido a sua casa.
3 E todos os filhos de Israel, vendo descer o fogo, e a glória
do Senhor sobre a casa, prostraram-se com o rosto em terra sobre o
pavimento, adoraram ao Senhor e lhe deram graças, dizendo:
Porque ele é bom; porque a sua benignidade dura para sempre.
A conclusão da solenidade
4 Então, o rei e todo o povo ofereceram sacrifícios perante o Senhor.
5 E o rei Salomão ofereceu em sacrifício vinte e dois mil
bois e cento e vinte mil ovelhas. Assim, o rei e todo o povo
consagraram a casa de Deus.
6 Os sacerdotes estavam em pé nos seus postos, como
também os levitas com os instrumentos musicais do Senhor, que o
rei Davi tinha feito para dar graças ao Senhor (porque a sua
benignidade dura para sempre), quando Davi o louvava pelo
ministério deles; e os sacerdotes tocavam trombetas diante
deles; e todo o Israel estava em pé.
7 Salomão consagrou também o meio do átrio que
estava diante da casa do Senhor; porquanto ali ele ofereceu os
holocaustos e a gordura das ofertas pacíficas; pois no altar de
bronze que Salomão tinha feito não cabiam o holocausto, e
a oferta de manjares e a gordura.
8 Assim, celebrou Salomão a festa por sete dias, e todo o Israel
com ele, uma grande congregação, vinda desde a entrada de
Hamate e desde o rio do Egito.
9 E no oitavo dia celebraram uma assembleia solene, pois haviam
celebrado por sete dias a dedicação do altar, e por sete
dias a festa.
10 E, no vigésimo terceiro dia do sétimo mês, ele
despediu o povo para as suas tendas, alegre e de bom ânimo pelo
bem que o Senhor tinha feito a Davi e a Salomão, e a seu povo
Israel.
A aliança do Senhor com Salomão
11 Assim, Salomão acabou a casa do Senhor e a
casa do rei; tudo quanto Salomão intentara fazer na casa do
Senhor e na sua própria casa, ele o realizou com êxito.
12 E o Senhor apareceu de noite a Salomão e lhe disse: Eu ouvi a
tua oração e escolhi para mim este lugar para casa de
sacrifício.
13 Se eu cerrar o céu de modo que não haja chuva, ou se
ordenar aos gafanhotos que consumam a terra, ou se enviar a peste entre
o meu povo;
14 e se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e
buscar a minha face, e se desviar dos seus maus caminhos, então
eu ouvirei do céu, e perdoarei os seus pecados, e sararei a sua
terra.
15 Estarão abertos os meus olhos e atentos os meus ouvidos à oração que se fizer neste lugar.
16 Pois agora escolhi e consagrei esta casa, para que nela esteja o meu
nome para sempre; e nela estarão fixos os meus olhos e o meu
coração perpetuamente.
17 Quanto a ti, se andares diante de mim como andou Davi, teu pai,
fazendo conforme tudo o que te ordenei, guardando os meus estatutos e
as minhas ordenanças,
18 então, confirmarei o trono do teu reino, conforme o pacto que
fiz com Davi, teu pai, dizendo: Não te faltará
varão que governe em Israel.
19 Mas se vos desviardes, e deixardes os meus estatutos e os meus
mandamentos, que vos tenho proposto, e fordes, e servirdes a outros
deuses, e os adorardes,
20 então, vos arrancarei da minha terra que vos dei; e esta casa
que consagrei ao meu nome, lançá-la-ei da minha
presença, e farei com que ela seja por provérbio e motejo
entre todos os povos.
21 E desta casa, que é tão exaltada, se espantará qualquer que por ela
passar, e dirá: Por que fez o Senhor assim a esta terra e a esta casa?
22 E lhe responderão: Porquanto deixaram ao Senhor, Deus de seus
pais, que os tirou da terra do Egito, e se apegaram a outros deuses, e
os adoraram e os serviram; por isso trouxe sobre eles todo este mal.
As demais atividades de Salomão
8
Ao fim de vinte anos, nos quais Salomão tinha edificado a casa do Senhor e a sua própria casa,
2 edificou as cidades que Hirão tinha dado, e fez habitar nelas os filhos de Israel.
3 Depois, foi Salomão a Hamate-Zobá, e apoderou-se dela.
4 E edificou Tadmor no deserto, e todas as cidades-armazéns, que edificou em Hamate.
5 Edificou também Bete-Horom, tanto a alta como a baixa, cidades fortes, com muros, portas e ferrolhos;
6 como também Baalate, e todas as cidades-armazéns que
Salomão tinha, e todas as cidades para os seus carros e as
cidades para os seus cavaleiros, e tudo quanto Salomão desejava
edificar em Jerusalém, no Líbano e em toda a terra do seu
domínio.
7 Quanto a todo o povo que tinha ficado dos heteus, dos amorreus, dos
perizeus, dos heveus e dos jebuseus, os quais não eram de Israel;
8 a seus filhos, que ficaram depois deles na terra, os quais os filhos
de Israel não destruíram, Salomão lhes impôs
tributo de trabalho forçado, até o dia de hoje.
9 Mas dos filhos de Israel Salomão não fez escravo algum
para a sua obra; eram homens de guerra, chefes dos seus
capitães, e chefes dos seus carros e dos seus cavaleiros.
10 Estes eram os chefes dos oficiais que o rei Salomão tinha, duzentos e cinquenta; que presidiam sobre o seu povo.
11 E Salomão levou a filha do Faraó da cidade de Davi
para a casa que lhe edificara; pois disse: Minha mulher não
morará na casa de Davi, rei de Israel, porquanto os lugares nos
quais entrou a arca do Senhor são santos.
12 Então, Salomão ofereceu holocaustos ao Senhor, sobre o altar do Senhor, que edificara diante do pórtico;
13 e isto segundo o dever de cada dia, fazendo ofertas segundo o
mandamento de Moisés, nos sábados e nas luas novas, e nas
três festas anuais, a saber: na festa dos pães asmos, na
festa das semanas, e na festa dos tabernáculos.
14 Também, conforme a ordem de Davi, seu pai, designou as turmas
dos sacerdotes para os seus cargos, como também os levitas para
os seus cargos, para louvarem a Deus e ministrarem diante dos
sacerdotes, como exigia o dever de cada dia, e ainda os porteiros,
pelas suas turmas, a cada porta; pois assim tinha mandado Davi, o homem
de Deus.
15 E os sacerdotes e os levitas não se desviaram do que lhes
mandou o rei, em negócio nenhum, especialmente no tocante aos
tesouros.
16 Assim, se executou toda a obra de Salomão, desde o dia em que
se lançaram os fundamentos da casa do Senhor, até se
acabar. Deste modo se completou a casa do Senhor.
17 Então, Salomão foi a Eziom-Geber, e a Elote, à praia do mar, na terra de Edom.
18 E Hirão, por meio de seus servos, enviou-lhe navios, e servos
práticos do mar; e eles foram com os servos de Salomão a
Ofir e de lá tomaram quatrocentos e cinquenta talentos de ouro,
que trouxeram ao rei Salomão.
A rainha de Sabá visita a Salomão
9 Tendo a rainha de Sabá ouvido da
fama de Salomão, veio a Jerusalém para prová-lo
por enigmas; trazia consigo uma grande comitiva, e camelos carregados
de especiarias, e ouro em abundância, e pedras preciosas; e vindo
ter com Salomão, falou com ele de tudo o que tinha no seu
coração.
2 E Salomão lhe respondeu a todas as perguntas; não houve
nada que Salomão não lhe soubesse explicar.
3 Vendo, pois, a rainha de Sabá a sabedoria de Salomão, e a casa que ele edificara,
4 e as iguarias da sua mesa, e o assentar dos seus oficiais, e as
funções e os trajes dos seus servos, e os seus copeiros e
os trajes deles, e os holocaustos que ele oferecia na casa do Senhor,
ficou estupefata.
5 Então, disse ao rei: Era verdade o que ouvi na minha terra acerca dos teus feitos e da tua sabedoria.
6 Todavia, eu não o acreditava, até que vim e os meus
olhos o viram; e eis que não me contaram metade da grandeza da
tua sabedoria; sobrepujaste a fama que ouvi.
7 Bem-aventurados os teus homens! Bem-aventurados estes teus servos,
que estão sempre diante de ti, e ouvem a tua sabedoria!
8 Bendito seja o Senhor, teu Deus, que se agradou de ti, colocando-te
sobre o seu trono, para ser rei pelo Senhor, teu Deus! Porque teu Deus
amou a Israel, para o estabelecer perpetuamente, por isso te constituiu
rei sobre eles, para executares juízo e justiça.
9 Então, ela deu ao rei cento e vinte talentos de ouro, e
especiarias em grande abundância, e pedras preciosas; e nunca
houve tais especiarias quais a rainha de Sabá deu ao rei
Salomão.
10 Também os servos de Hirão, e os servos de Salomão, que de Ofir trouxeram ouro, trouxeram madeira de
sândalo, e pedras preciosas.
11 E o rei fez, da madeira de sândalo, degraus para a casa do
Senhor e para a casa do rei, como também harpas e alaúdes
para os cantores, quais nunca dantes se viram na terra de Judá.
12 E o rei Salomão deu à rainha de Sabá tudo
quanto ela desejou, tudo quanto lhe pediu, excedendo mesmo o que ela
trouxera ao rei. Assim, voltou e foi para a sua terra, ela e os seus
servos.
As riquezas de Salomão
13 Ora, o peso do ouro que se trazia cada ano a Salomão era de seiscentos e sessenta e seis talentos,
14 afora o que os mercadores e negociantes traziam; também todos
os reis da Arábia, e os governadores do país traziam a
Salomão ouro e prata.
15 E o rei Salomão fez duzentos paveses de ouro batido, empregando em cada pavês seiscentos siclos de ouro batido;
16 como também trezentos escudos de ouro batido, empregando em
cada escudo trezentos siclos de ouro. E o rei os depositou na casa do
bosque do Líbano.
17 Fez mais o rei um grande trono de marfim, e o revestiu de ouro puro.
18 O trono tinha seis degraus e um estrado de ouro, que eram ligados ao
trono, e de ambos os lados tinha braços junto ao lugar do
assento, e dois leões de pé junto aos braços.
19 E havia doze leões em pé de um e outro lado sobre os
seis degraus; outro tal não se fizera em reino algum.
20 Também todos os vasos de beber do rei Salomão eram de
ouro, e todos os utensílios da casa do bosque do Líbano
de ouro puro; a prata reputava-se sem valor nos dias de Salomão.
21 Pois o rei tinha navios que iam a Társis com os servos de
Hirão; de três em três anos os navios voltavam de
Társis, trazendo ouro, prata, marfim, bugios e pavões.
22 Assim, excedeu o rei Salomão todos os reis da terra, em riqueza e em sabedoria.
23 E todos os reis da terra buscavam a presença de
Salomão para ouvirem a sabedoria que Deus lhe tinha posto no
coração.
24 Cada um trazia o seu presente, vasos de prata, vasos de ouro,
vestidos, armaduras, especiarias, cavalos e mulos, uma quota de ano em
ano.
25 Teve também Salomão quatro mil manjedouras para os
cavalos de seus carros, doze mil cavaleiros; e os colocou nas cidades
dos carros e junto ao rei, em Jerusalém.
26 Ele dominava sobre todos os reis, desde o Rio Eufrates até a terra dos filisteus e até o termo do Egito.
27 Também o rei tornou a prata tão comum em
Jerusalém como as pedras, e os cedros tantos em abundância
como os sicômoros que há na baixada.
28 E cavalos eram trazidos a Salomão do Egito e de todas as terras.
A morte de Salomão
29 Ora, o restante dos atos de Salomão, desde
os primeiros até os últimos, porventura não
estão escritos na história de Natã, o profeta, e
na profecia de Aías, o silonita, e nas visões de Ido, o
vidente, acerca de Jeroboão, filho de Nebate?
30 Salomão reinou em Jerusalém quarenta anos sobre todo o Israel.
31 E dormiu com seus pais, e foi sepultado na cidade de Davi, seu pai. E Roboão, seu filho, reinou em seu lugar.
Roboão causa separação entre as tribos
10
Roboão foi a Siquém, pois todo o Israel se congregara ali para fazê-lo rei.
2 E Jeroboão, filho de Nebate, que estava então no Egito
para onde fugira da presença do rei Salomão, ouvindo
isto, voltou do Egito.
3 E mandaram chamá-lo; Jeroboão e todo o Israel vieram e falaram a Roboão, dizendo:
4 Teu pai fez duro o nosso jugo; agora, pois, alivia a dura
servidão e o pesado jugo que teu pai nos impôs, e
nós te serviremos.
5 Ele lhes respondeu: Daqui a três dias tornai a mim. Então, o povo se foi.
6 E teve o rei Roboão conselho com os anciãos, que tinham
assistido diante de Salomão, seu pai, quando este ainda vivia, e
perguntou-lhes: Como aconselhais vós que eu responda a este povo?
7 Eles lhe disseram: Se te fizeres benigno para com este povo, e lhes
agradares, e lhes falares boas palavras, então eles serão
teus servos para sempre.
8 Mas ele deixou o conselho que os anciãos lhe deram, e teve
conselho com os jovens que haviam crescido com ele, e que assistiam
diante dele.
9 Perguntou-lhes: Que aconselhais vós que respondamos a este
povo que me falou, dizendo: Alivia o jugo que teu pai nos impôs?
10 E os jovens que haviam crescido com ele responderam-lhe: Assim
dirás a este povo que te falou, dizendo: Teu pai fez pesado
nosso jugo, mas tu o alivia de sobre nós; assim lhe
falarás: o meu dedo mínimo é mais grosso do que os
lombos de meu pai.
11 Assim que, se meu pai vos carregou dum jugo pesado, eu ainda
aumentarei o vosso jugo; meu pai vos castigou com açoites; eu,
porém, vos castigarei com escorpiões.
12 Veio, pois, Jeroboão com todo o povo a Roboão, ao
terceiro dia, como o rei havia ordenado, dizendo: Voltai a mim ao
terceiro dia.
13 E o rei Roboão lhes respondeu asperamente e, deixando o conselho dos anciãos,
14 falou-lhes conforme o conselho dos jovens, dizendo: Meu pai fez
pesado o vosso jugo, mas eu lhe acrescentarei mais; meu pai vos
castigou com açoites, mas eu vos castigarei com
escorpiões.
15 O rei, pois, não deu ouvidos ao povo; porque esta
mudança vinha de Deus, para que o Senhor confirmasse a sua
palavra, a qual falara por intermédio de Aías, o
silonita, a Jeroboão, filho de Nebate.
Dez tribos seguem Jeroboão
16 Vendo, pois, todo o Israel que o rei não lhe dava ouvidos,
respondeu-lhe dizendo: Que parte temos nós em Davi? Não temos herança no
filho de Jessé! Cada um as suas tendas, ó Israel! Agora, olha por tua
casa, ó Davi! Então, todo o Israel se foi para as suas tendas
17 (mas quanto aos filhos de Israel que habitavam nas cidades de Judá, sobre eles reinou Roboão).
18 Então, o rei Roboão enviou-lhes Hadorão, que
estava sobre a leva de tributários servis; mas os filhos de
Israel o apedrejaram, de modo que morreu. E o rei Roboão se
apressou a subir para o seu carro, e fugiu para Jerusalém.
19 Assim, se rebelou Israel contra a casa de Davi, até o dia de hoje.
Deus proíbe que Roboão peleje contra as dez tribos
11 Tendo Roboão chegado a
Jerusalém, convocou da casa de Judá e Benjamim cento e
oitenta mil escolhidos, destros na guerra, para pelejarem contra Israel
a fim de restituírem o reino a Roboão.
2 Veio, porém, a palavra do Senhor a Semaías, homem de Deus, dizendo:
3 Fala a Roboão, filho de Salomão, rei de Judá, e a todo o Israel em Judá e Benjamim, dizendo:
4 Assim diz o Senhor: Não subireis, nem pelejareis contra os
vossos irmãos; volte cada um à sua casa, porque de mim
proveio isto. Ouviram, pois, a palavra do Senhor, e desistiram de ir
contra Jeroboão.
As cidades fortificadas de Roboão
5 E Roboão habitou em Jerusalém, e edificou em Judá cidades para fortalezas.
6 Edificou, pois, Belém, Etã, Tecoa,
7 Bete-Zur, Socó, Adulão,
8 Gate, Maressa, Zife,
9 Adoraim, Laquis, Azeca,
10 Zorá, Aijalom e Hebrom, que estão em Judá e em Benjamim, cidades fortes.
11 Edificou estas cidades e pôs nelas capitães, e armazéns de víveres, de azeite e de vinho.
12 E pôs em cada cidade paveses e lanças, e fortificou-as grandemente, de sorte que reteve Judá e Benjamim.
Sacerdotes e levitas vêm a Jerusalém
13 Também os sacerdotes e os levitas que havia em todo o Israel recorreram a
Roboão de todos os seus termos.
14 Pois os levitas deixaram os seus arrabaldes e a sua
possessão, e vieram para Judá e para Jerusalém,
porque Jeroboão e seus filhos os lançaram fora, para que
não exercessem o ofício sacerdotal ao Senhor;
15 e Jeroboão constituiu para si sacerdotes, para os altos, e para os demônios, e para os bezerros que fizera.
16 Além desses, de todas as tribos de Israel, os que
determinaram no seu coração buscar ao Senhor, Deus de
Israel, também vieram a Jerusalém, para oferecerem
sacrifícios ao Senhor, Deus de seus pais.
17 Assim, fortaleceram o reino de Judá e corroboraram a
Roboão, filho de Salomão, por três anos; porque
durante três anos andaram no caminho de Davi e Salomão.
A família de Roboão
18 Roboão tomou para si, por mulher, a Maalate,
filha de Jerimote, filho de Davi; e a Abiail, filha de Eliabe, filho de
Jessé,
19 a qual lhe deu os filhos Jeús, Semarias e Zaã.
20 Depois dela, tomou a Maacá, filha de Absalão; esta lhe deu Abias, Atai, Ziza e Selomite.
21 Amava Roboão a Maacá, filha de Absalão, mais do
que a todas as suas outras mulheres e concubinas; pois tinha tomado
dezoito mulheres e sessenta concubinas, e gerou vinte e oito filhos e
sessenta filhas.
22 E Roboão designou Abias, filho de Maacá, chefe e
príncipe entre os seus irmãos, porque queria
fazê-lo rei.
23 Também usou de prudência, distribuindo todos os seus
filhos por entre todas as terras de Judá e Benjamim, por todas
as cidades fortes; e deu-lhes víveres em abundância, e
procurou para eles muitas mulheres.
A invasão de Sisaque
12 E sucedeu que, quando ficou
estabelecido o reino de Roboão, e havendo o rei se tornado
forte, ele deixou a lei do Senhor, e com ele todo o Israel.
2 Pelo que, no quinto ano da rei Roboão, Sisaque, rei do Egito,
subiu contra Jerusalém (porque eles tinham transgredido contra o
Senhor)
3 com mil e duzentos carros e sessenta mil cavaleiros; era inumerável a
gente que vinha com ele do Egito: líbios, suquitas e etíopes.
4 E tomou as cidades fortificadas de Judá, e chegou até Jerusalém.
5 Então Semaías, o profeta, foi ter com Roboão e
com os príncipes de Judá que se tinham ajuntado em
Jerusalém por causa de Sisaque, e disse-lhes: Assim diz o
Senhor: Vós me deixastes a mim, pelo que eu também vos
deixei na mão de Sisaque.
6 Então, se humilharam os príncipes de Israel e o rei, e disseram: O Senhor é justo.
7 Quando, pois, o Senhor viu que se humilhavam, veio a palavra do
Senhor a Semaías, dizendo: Humilharam-se, não os
destruirei; mas dar-lhes-ei algum socorro, e o meu furor não
será derramado sobre Jerusalém por mão de Sisaque.
8 Todavia eles lhe serão servos, para que conheçam a
diferença entre a minha servidão e a servidão dos
reinos da terra.
9 Subiu, pois, Sisaque, rei do Egito, contra Jerusalém, e levou
os tesouros da casa do Senhor, e os tesouros da casa do rei; levou
tudo. Levou até os escudos de ouro que Salomão fizera.
10 E o rei Roboão fez em lugar deles escudos de bronze, e os
entregou na mão dos capitães da guarda, que guardavam a
porta da casa do rei.
11 E todas as vezes que o rei entrava na casa do Senhor, vinham os da
guarda e os levavam; depois, tornavam a pô-los na câmara da
guarda.
12 E humilhando-se ele, a ira do Senhor se desviou dele, de modo que
não o destruiu de todo; porque ainda havia coisas boas em
Judá.
O reinado de Roboão
13 Fortaleceu-se, pois, o rei Roboão em
Jerusalém, e reinou. Roboão tinha quarenta e um anos
quando começou a reinar, e reinou dezessete anos em
Jerusalém, a cidade que o Senhor escolhera dentre todas as
tribos de Israel, para pôr ali o seu nome. E era o nome de sua
mãe Naamá, a amonita.
14 Ele fez o que era mau, porquanto não dispôs o seu coração para buscar ao Senhor.
15 Ora, os atos de Roboão, desde os primeiros até os
últimos, porventura não estão escritos nas
histórias de Semaías, o profeta, e de Ido, o vidente, na
relação das genealogias? Houve guerra entre Roboão
e Jeroboão por todos os seus dias.
16 E Roboão dormiu com seus pais, e foi sepultado na cidade de Davi. E Abias, seu filho, reinou em seu lugar.
O reinado de Abias
13
No ano décimo oitavo do rei Jeroboão, começou Abias a reinar sobre Judá.
2 Três anos reinou em Jerusalém; o nome de sua mãe
era Micaías, filha de Uriel de Gibeá. E houve guerra
entre Abias e Jeroboão.
3 Abias dispôs-se para a peleja com um exército de
varões valentes, quatrocentos mil homens escolhidos; e
Jeroboão dispôs contra ele a batalha com oitocentos mil
homens escolhidos, todos homens valentes.
4 Então, Abias pôs-se em pé em cima do monte
Zemaraim, que está na região montanhosa de Efraim, e
disse: Ouvi-me, Jeroboão e todo o Israel:
5 Porventura não vos convém saber que o Senhor, Deus de
Israel, deu para sempre a Davi a soberania sobre Israel, a ele e a seus
filhos, por um pacto de sal?
6 Contudo levantou-se Jeroboão, filho de Nebate, servo de Salomão, filho de Davi, e se rebelou contra seu senhor;
7 e ajuntaram-se a ele homens vadios, filhos de Belial, e
fortaleceram-se contra Roboão, filho de Salomão, sendo
Roboão ainda moço e indeciso de coração, e
não podendo resistir-lhes.
8 E agora julgais poder resistir ao reino do Senhor, que está na
mão dos filhos de Davi, visto que sois uma grande
multidão, e tendes convosco os bezerros de ouro que
Jeroboão vos fez para deuses.
9 Não lançastes fora os sacerdotes do Senhor, filhos de
Arão, e os levitas, e não fizestes para vós
sacerdotes, como o fazem os povos das outras terras? Qualquer que vem a
consagrar-se, trazendo um novilho e sete carneiros, logo se faz
sacerdote daqueles que não são deuses.
10 Mas, quanto a nós, o Senhor é nosso Deus, e nunca o
deixamos. Temos sacerdotes que ministram ao Senhor, os quais são
filhos de Arão, e os levitas para o seu serviço.
11 Queimam perante o Senhor, cada manhã e cada tarde, holocausto
e incenso aromático; também dispõem os pães
da proposição sobre a mesa de ouro puro, e o
castiçal de ouro e as suas lâmpadas para se acenderem cada
tarde; porque nós temos guardado os preceitos do Senhor, nosso
Deus; mas vós o deixastes.
12 Eis que Deus está conosco, à nossa frente, como
também os seus sacerdotes com as trombetas, para tocarem alarme
contra vós. Ó filhos de Israel, não pelejeis
contra o Senhor, Deus de vossos pais; porque não sereis bem
sucedidos.
13 Jeroboão, porém, armou uma emboscada, para dar sobre
Judá pela retaguarda; de maneira que as suas tropas estavam em
frente de Judá e a emboscada por detrás.
14 Então, os de Judá olharam para trás, e eis que
tinham de pelejar por diante e pela retaguarda; então, clamaram
ao Senhor, e os sacerdotes tocaram as trombetas.
15 E os homens de Judá deram o brado de guerra; e sucedeu que,
bradando eles, Deus feriu Jeroboão e todo o Israel diante de
Abias e de Judá.
16 E os filhos de Israel fugiram de diante de Judá, e Deus lhos entregou nas suas mãos.
17 De maneira que Abias e o seu povo fizeram grande matança
entre eles; pois que caíram mortos de Israel quinhentos mil
homens escolhidos.
18 Assim, foram humilhados os filhos de Israel naquele tempo, e os
filhos de Judá prevaleceram, porque confiaram no Senhor, Deus de
seus pais.
19 E Abias foi perseguindo Jeroboão, e tomou-lhe cidades: Betel
e seus arrabaldes, Jesana e seus arrabaldes, e Efrom e seus arrabaldes.
20 Jeroboão não recobrou mais a sua força nos dias de Abias; o Senhor o feriu e ele morreu.
21 Abias, porém, se fortaleceu, e tomou para si catorze mulheres, e teve vinte e dois filhos e dezesseis filhas.
22 O restante dos atos de Abias, os seus caminhos e as suas palavras, estão escritos no comentário do profeta Ido.
O reinado de Asa
14 Abias dormiu com seus pais, e o
sepultaram na cidade de Davi. E Asa, seu filho, reinou em seu lugar;
nos seus dias a terra esteve em paz por dez anos.
2 E Asa fez o que era bom e reto aos olhos do Senhor, seu Deus;
3 removeu os altares estranhos e os altos, quebrou as colunas, cortou os aserins,
4 e mandou a Judá que buscasse ao Senhor, Deus de seus pais, e que observasse a lei e o mandamento.
5 Também removeu de todas as cidades de Judá os altos e os altares de incenso; e sob ele o reino esteve em paz.
6 Edificou cidades fortificadas em Judá; porque a terra estava
em paz, e não havia guerra contra ele naqueles anos, porquanto o
Senhor lhe dera repouso.
7 Disse, pois, a Judá: Edifiquemos estas cidades, e cerquemo-las
de muros e torres, portas e ferrolhos; a terra ainda é nossa
porque buscamos ao Senhor, nosso Deus; nós o buscamos, e ele nos
deu repouso de todos os lados. Edificaram, pois, e prosperaram.
8 Ora, tinha Asa um exército de trezentos mil homens de
Judá, que traziam pavês e lança; e duzentos e
oitenta mil de Benjamim, que traziam escudo e atiravam com arco; todos
estes eram homens valentes.
Asa vence a Zerá, o etíope
9 E Zerá, o etíope, saiu contra eles,
com um exército de um milhão de homens, e trezentos
carros, e chegou até Maressa.
10 Então, Asa saiu contra ele, e ordenaram a batalha no vale de Zefatá, junto a Maressa.
11 E Asa clamou ao Senhor, seu Deus, dizendo: Ó Senhor, nada
para ti é ajudar, quer o poderoso quer o de nenhuma
força. Acuda-nos, pois, o Senhor, nosso Deus, porque em ti
confiamos, e no teu nome viemos contra esta multidão. Ó
Senhor, tu és nosso Deus, não prevaleça contra ti
o homem.
12 E o Senhor desbaratou os etíopes diante de Asa e diante de Judá; e os etíopes fugiram.
13 Asa e o povo que estava com ele os perseguiram até Gerar; e
caíram tantos dos etíopes que já não havia
neles resistência alguma; porque foram quebrantados diante do
Senhor, e diante do seu exército. Os homens de Judá
levaram dali mui grande despojo.
14 Feriram todas as cidades nos arredores de Gerar, porque veio sobre
elas o terror da parte do Senhor; e saquearam todas as cidades, pois
havia nelas muito despojo.
15 Também feriram as malhadas do gado, e levaram ovelhas em
abundância, e camelos, e voltaram para Jerusalém.
As reformas religiosas de Asa
15
Então, veio o Espírito de Deus sobre Azarias, filho de Odede,
2 que saiu ao encontro de Asa e lhe disse: Ouvi-me, Asa, e todo o
Judá e Benjamim: O Senhor está convosco, enquanto
vós estais com ele; se o buscardes, o achareis; mas se o
deixardes, ele vos deixará.
3 Ora, por muito tempo Israel esteve sem o verdadeiro Deus, sem sacerdote que o ensinasse e sem lei.
4 Quando, porém, na sua angústia voltaram para o Senhor, Deus de Israel, e o buscaram, o acharam.
5 Naqueles tempos, não havia paz nem para o que saia, nem para o
que entrava, mas grandes perturbações estavam sobre todos
os habitantes daquelas terras.
6 Pois nação contra nação e cidade contra
cidade se despedaçavam, porque Deus as conturbara com toda sorte
de aflições.
7 Vós, porém, esforçai-vos, e não
desfaleçam as vossas mãos; porque a vossa obra
terá uma recompensa.
8 Asa, tendo ouvido estas palavras, e a profecia do profeta filho de
Odede, cobrou ânimo e lançou fora as
abominações de toda a terra de Judá e de Benjamim,
como também das cidades que tomara na região montanhosa
de Efraim, e renovou o altar do Senhor, que estava diante do
pórtico do Senhor.
9 E congregou todo o Judá e Benjamim, e os de Efraim,
Manassés e Simeão que com eles peregrinavam; pois que
muitos de Israel tinham vindo a ele quando viram que o Senhor, seu
Deus, era com ele.
10 Ajuntaram-se em Jerusalém no terceiro mês, no décimo quinto ano do reinado de Asa.
11 E, no mesmo dia, ofereceram em sacrifício ao Senhor, do despojo que trouxeram, setecentos bois e sete mil ovelhas.
12 E entraram no pacto de buscarem ao Senhor, Deus de seus pais, de todo o seu coração e de toda a sua alma;
13 e de que todo aquele que não buscasse ao Senhor, Deus de
Israel, fosse morto, tanto pequeno como grande, tanto homem como mulher.
14 E prestaram juramento ao Senhor em alta voz, com júbilo, ao som de trombetas e buzinas.
15 E todo o Judá se alegrou deste juramento; porque de todo o
seu coração juraram, e de toda a sua vontade buscaram ao
Senhor, e o acharam; e o Senhor lhes deu descanso ao redor.
16 O rei Asa depôs Maacá, sua mãe, para que
não fosse mais rainha, porquanto ela fizera um abominável
ídolo para servir de Asera, ao qual Asa derrubou e,
despedaçando-o, o queimou junto ao ribeiro de Cedrom.
17 Os altos, porém, não se tiraram de Israel; contudo, o
coração de Asa foi perfeito todos os seus dias.
18 E trouxe para a casa de Deus as coisas que seu pai tinha consagrado,
e as que ele mesmo tinha consagrado: prata, ouro e utensílios.
19 E não mais houve guerra até o ano trigésimo quinto do reinado de Asa.
Asa faz aliança com o rei da Síria
16 No trigésimo sexto ano do
reinado de Asa, Baasa, rei de Israel, subiu contra Judá e
edificou a Ramá, para não deixar ninguém sair nem
entrar para Asa, rei de Judá.
2 Então, Asa tirou a prata e o ouro dos tesouros da casa do
Senhor e da casa do rei e enviou mensageiros a Ben-Hadade, rei da
Síria, que habitava em Damasco, dizendo:
3 Haja aliança entre mim e ti, como havia entre meu pai e o teu.
Eis que te envio prata e ouro; vai, pois, e rompe a sua aliança
com Baasa, rei de Israel, para que se retire de mim.
4 E Ben-Hadade deu ouvidos ao rei Asa, e enviou os comandantes dos seus
exércitos contra as cidades de Israel, os quais feriram Ijom,
Dã, Abel-Maim e todas as cidades-armazéns de Naftali.
5 E tendo Baasa notícia disto, cessou de edificar a Ramá, e não continuou a sua obra.
6 Então, o rei Asa tomou todo o Judá, e eles levaram as
pedras de Ramá, e a sua madeira, com que Baasa edificara; e com
elas edificou Geba e Mizpá.
Asa repreendido por Hanani
7 Naquele mesmo tempo, veio Hanani, o vidente, ter com
Asa, rei de Judá, e lhe disse: Porque confiaste no rei da
Síria, e não confiaste no Senhor, teu Deus, por isso o
exército do rei da Síria escapou da tua mão.
8 Porventura, não foram os etíopes e os líbios um
grande exército, com muitíssimos carros e cavaleiros?
Confiando tu, porém, no Senhor, ele os entregou nas tuas
mãos.
9 Porque, quanto ao Senhor, seus olhos passam por toda a terra, para
mostrar-se forte a favor daqueles cujo coração é
perfeito para com ele; nisto procedeste loucamente, pois desde agora
haverá guerras contra ti.
10 Então Asa, indignado contra o vidente, lançou-o na
casa do tronco, porque estava enfurecido contra ele por causa disto;
também nesse mesmo tempo, Asa oprimiu alguns do povo.
A morte de Asa
11 Eis que os atos de Asa, desde os primeiros
até os últimos, estão escritos no livro dos reis
de Judá e de Israel.
12 No ano trinta e nove do seu reinado, Asa caiu doente dos pés;
e era mui grave a sua enfermidade; e nem mesmo na enfermidade buscou ao
Senhor, mas aos médicos.
13 E Asa dormiu com seus pais, morrendo no ano quarenta e um do seu reinado.
14 E o sepultaram no sepulcro que tinha cavado para si na cidade de
Davi, havendo-o deitado na cama, que se enchera de perfumes e de
diversas especiarias preparadas segundo a arte dos perfumistas; e
destas coisas fizeram-lhe uma grande queima.
Estabelicido o reinado de Josafá
17 Josafá, seu filho, reinou em seu lugar, e fortaleceu-se contra Israel.
2 Pôs forças armadas em todas as cidades fortes de
Judá e dispôs guarnições na terra de
Judá, como também nas cidades de Efraim que Asa, seu pai,
tinha tomado.
3 E o Senhor era com Josafá, porque andou conforme os primeiros
caminhos de Davi, seu pai, e não buscou aos baalins;
4 antes, buscou ao Deus de seu pai, e andou nos seus mandamentos, e não segundo as obras de Israel.
5 Por isso o Senhor confirmou o reino na sua mão; e todo o Judá trouxe presentes a
Josafá; e ele teve riquezas e glória em abundância.
6 E encorajou-se o seu coração nos caminhos do Senhor; e ele tirou de Judá os altos e os aserins.
7 No terceiro ano do seu reinado, enviou ele os seus príncipes,
Bene-Hail, Obadias, Zacarias, Netanel e Micaías, para ensinarem
nas cidades de Judá;
8 e com eles os levitas Semaías, Netanias, Zebadias, Asael,
Semiramote, Jônatas, Adonias, Tobias e Tobadonias e, com estes
levitas, os sacerdotes Elisama e Jeorão.
9 E ensinaram em Judá, levando consigo o livro da lei do Senhor;
foram por todas as cidades de Judá, ensinando entre o povo.
10 Então, caiu o temor do Senhor sobre todos os reinos das
terras que estavam ao redor de Judá, de modo que não
fizeram guerra contra Josafá.
11 Alguns dentre os filisteus traziam presentes a Josafá, e
prata como tributo; e os árabes lhe trouxeram rebanhos: sete mil
e setecentos carneiros, e sete mil e setecentos bodes.
12 Assim, Josafá ia-se tornando cada vez mais poderoso; e edificou fortalezas e cidades-armazéns em Judá;
13 e teve grande quantidade de munições nas cidades de
Judá, e soldados, homens valorosos, em Jerusalém.
14 Este é o número deles segundo as suas casas paternas:
de Judá os comandantes de mil: o comandante Adná, com
trezentos mil homens valorosos;
15 após ele o comandante Joanã, com duzentos e oitenta mil;
16 após ele Amasias, filho de Zicri, que voluntariamente se entregou ao Senhor, e com ele duzentos mil valorosos;
17 e de Benjamim: Eliadá, homem destemido, com duzentos mil armados de arco e de escudo;
18 e após ele Jozabade, com cento e oitenta mil armados para a guerra.
19 Estes estavam no serviço do rei, afora os que o rei tinha posto nas cidades fortes por todo o Judá.
Aliança entre Josafá e Acabe
18
Tinha, pois, Josafá riquezas e glória em abundância, e aparentou-se com Acabe.
2 Ao cabo de alguns anos foi ter com Acabe em Samaria. E Acabe matou
ovelhas e bois em abundância, para ele e para o povo que o
acompanhava; e o persuadiu a subir com ele a Ramote-Gileade.
3 Perguntou Acabe, rei de Israel, a Josafá, rei de Judá: Irás tu comigo a Ramote-Gileade? E respondeu-lhe
Josafá: Como tu és sou eu, e o meu povo como o teu povo; seremos contigo na guerra.
As promessas dos falsos profetas
4 Disse mais Josafá ao rei de Israel: Consulta hoje a palavra do Senhor.
5 Então, o rei de Israel ajuntou os profetas, quatrocentos
homens, e lhes perguntou: Iremos à peleja contra Ramote-Gileade,
ou deixarei de ir? Responderam eles: Sobe, porque Deus a
entregará nas mãos do rei.
6 Disse, porém, Josafá: Não há aqui ainda algum profeta do Senhor a quem possamos consultar?
7 Ao que o rei de Israel respondeu a Josafá: Ainda há um
homem por quem podemos consultar ao Senhor; eu, porém, o odeio,
porque nunca profetiza o bem a meu respeito, mas sempre o mal; é
Micaías, filho de Inlá. Mas Josafá disse:
Não fale o rei assim.
8 Então, o rei de Israel chamou um eunuco, e disse: Traze aqui depressa Micaías, filho de Inlá.
9 Ora, o rei de Israel e Josafá, rei de Judá, vestidos de
seus trajes reais, estavam assentados cada um no seu trono, na
praça à entrada da porta de Samaria; e todos os profetas
profetizavam diante deles.
10 E Zedequias, filho de Quenaaná, fez para si uns chifres de
ferro, e disse: Assim diz o Senhor: Com estes ferirás os
sírios, até que sejam consumidos.
11 E todos os profetas profetizavam o mesmo, dizendo: Sobe a
Ramote-Gileade, e serás bem sucedido, pois o Senhor a
entregará nas mãos do rei.
A profecia de Micaías
12 O mensageiro que fora chamar Micaías lhe
falou, dizendo: Eis que as palavras dos profetas, a uma voz, são
favoráveis ao rei; seja, pois, também a tua palavra como
a de um deles, e fala o que é bom.
13 Micaías, porém, disse: Vive o Senhor, que o que meu Deus me disser, isso falarei.
14 Quando ele chegou à presença do rei, este lhe disse:
Micaías, iremos a Ramote-Gileade à peleja, ou deixarei de
ir? Respondeu ele: Subi, e sereis bem sucedidos; e eles serão
entregues nas vossas mãos.
15 Mas o rei lhe disse: Quantas vezes hei de conjurar-te que não me fales senão a verdade em nome do Senhor?
16 Respondeu ele: Vi todo o Israel disperso pelos montes, como ovelhas
que não têm pastor; e disse o Senhor: Estes não
têm senhor; torne em paz cada um para sua casa.
17 Então, o rei de Israel disse a Josafá: Não te
disse eu que ele não profetizaria a respeito de mim o bem,
porém o mal?
18 Prosseguiu Micaías: Ouvi, pois, a palavra do Senhor! Vi o
Senhor assentado no seu trono, e todo o exército celestial em
pé à sua direita e à sua esquerda.
19 E o Senhor perguntou: Quem induzirá Acabe, rei de Israel, a
subir, para que caia em Ramote-Gileade? E um respondia de um modo, e
outro de outro.
20 Então, saiu um espírito, apresentou-se diante do
Senhor, e disse: Eu o induzirei. Perguntou-lhe o Senhor: De que modo?
21 E ele disse: Eu sairei, e serei um espírito mentiroso na boca
de todos os seus profetas. Ao que disse o Senhor. Tu o
induzirás, e prevalecerás; sai e faze assim.
22 Agora, pois, eis que o Senhor pôs um espírito mentiroso
na boca destes teus profetas; o Senhor é quem falou o mal a
respeito de ti.
23 Então Zedequias, filho de Quenaaná, chegando-se, feriu
a Micaías na face e disse: Por que caminho passou de mim o
Espírito do Senhor para falar a ti?
24 Respondeu Micaías: Eis que tu o verás naquele dia,
quando entrares numa câmara interior para te esconderes.
25 Então, disse o rei de Israel: Tomai Micaías, e tornai
a levá-lo a Amom, o governador da cidade, e a Joás, filho
do rei,
26 dizendo-lhes: Assim diz o rei: Metei este homem no cárcere, e
sustentai-o a pão e água até que eu volte em paz.
27 Mas disse Micaías: se tu voltares em paz, o Senhor não tem falado por mim. Disse mais: Ouvi, povos todos!
A morte de Acabe
28 Subiram, pois, o rei de Israel e Josafá, rei de Judá, a Ramote-Gileade.
29 E disse o rei de Israel a Josafá: Eu me disfarçarei, e
entrarei na peleja; tu, porém, veste os teus trajes reais.
Disfarçou-se, pois, o rei de Israel, e eles entraram na peleja.
30 Ora, o rei da Síria dera ordens aos capitães dos seus
carros, dizendo: Não pelejareis nem contra pequeno nem contra
grande, senão só contra o rei de Israel.
31 Pelo que os capitães dos carros, quando viram a
Josafá, disseram: Este é o rei de Israel. Viraram-se,
pois, para pelejar contra ele; mas Josafá clamou, e o Senhor o
socorreu, e os desviou dele.
32 Pois vendo os capitães dos carros que não era o rei de Israel, deixaram de segui-lo.
33 Então, um homem entesou o seu arco e, atirando a esmo, feriu
o rei de Israel por entre a couraça e a armadura abdominal. Pelo
que ele disse ao carreteiro: Dá volta, e tira-me do
exército, porque estou gravemente ferido.
34 E a peleja tornou-se renhida naquele dia; contudo, o rei de Israel
foi sustentado no carro contra os sírios até a tarde;
porém, ao pôr do sol, morreu.
O profeta Jeú repreende a Josafá
19 Josafá, rei de Judá, voltou em paz à sua casa em Jerusalém.
2 Mas Jeú, filho de Hanani, a vidente, saiu ao encontro do rei
Josafá e lhe disse: Devias tu ajudar o ímpio, e amar
aqueles que odeiam ao Senhor? Por isso virá sobre ti grande ira
da parte do Senhor.
3 Contudo, alguma virtude se acha em ti, porque tiraste para fora da
terra as aserotes, e dispuseste o teu coração para buscar
a Deus.
Nomeação de Juízes
4 Habitou, pois, Josafá em Jerusalém; e
tornou a passar pelo povo desde Berseba até a região
montanhosa de Efraim, fazendo com que voltasse ao Senhor, Deus de seus
pais.
5 Estabeleceu juízes na terra, em todas as cidades fortes de Judá, de cidade em cidade;
6 e disse aos juízes: Vede o que fazeis; porque não
julgais da parte do homem, mas da parte do Senhor, e ele está
convosco no julgamento.
7 Agora, pois, seja o temor do Senhor convosco; tomai cuidado no que
fazeis; porque não há no Senhor, nosso Deus, iniquidade,
nem acepção de pessoas, nem aceitação de
presentes.
8 Também em Jerusalém estabeleceu Josafá alguns
dos levitas e dos sacerdotes e dos chefes das casas paternas de Israel
sobre o juízo da parte do Senhor, e sobre as causas civis. E
voltaram para Jerusalém.
9 E deu-lhes ordem, dizendo: Assim procedei no temor do Senhor, com fidelidade e com coração perfeito.
10 Todas as vezes que se vos submeter qualquer controvérsia da
parte de vossos irmãos que habitam nas suas cidades, entre
sangue e sangue, entre lei e mandamento, entre estatutos e
juízos, admoestai-os a que se não façam culpados
para com o Senhor, e deste modo venha grande ira sobre vós e
sobre vossos irmãos. Procedei assim, e não vos fareis
culpados.
11 E eis que Amarias, o sumo sacerdote, presidirá sobre
vós em todos os negócios do Senhor; e Zebadias, filho de
Ismael, príncipe da casa de Judá, em todos os
negócios do rei; também os levitas serão oficiais
perante vós. Procedei corajosamente e seja o Senhor com os retos.
A vitória de Josafá sobre Moabe e Amom
20
Depois disto, sucedeu que os moabitas, e os amonitas, e com eles alguns dos meunitas, vieram contra
Josafá para lhe fazerem guerra.
2 Vieram alguns homens dar notícia a Josafá, dizendo: Vem
contra ti uma grande multidão de Edom, dalém do mar; e
eis que já estão em Hazazom-Tamar, que é En-Gedi.
3 Então, Josafá teve medo e pôs-se a buscar ao Senhor, e apregoou jejum em todo o Judá.
4 E Judá se ajuntou para pedir socorro ao Senhor; de todas as cidades de Judá vieram para buscarem ao Senhor.
5 Josafá pôs-se em pé na congregação
de Judá e de Jerusalém, na casa do Senhor, diante do
átrio novo,
6 e disse: Ó Senhor, Deus de nossos pais, não és
tu Deus no céu? E não és tu que governas sobre
todos os reinos das nações? E na tua mão há
poder e força, de modo que não há quem te possa
resistir.
7 Ó nosso Deus, não lançaste fora os moradores desta terra de diante do teu povo
de Israel, e não a deste para sempre à descendência de Abraão, teu amigo?
8 E habitaram nela, e nela edificaram um santuário ao teu nome, dizendo:
9 Se algum mal nos sobrevier, espada, juízo, peste, ou fome,
nós nos apresentaremos diante desta casa e diante de ti, pois
teu nome está nesta casa, e clamaremos a ti em nossa
aflição, e tu nos ouvirás e livrarás.
10 Agora, pois, eis que os homens de Amom, de Moabe, e do monte Seir,
pelos quais não permitiste que passassem os filhos de Israel, quando
vinham da terra do Egito, mas deles se desviaram e não os destruíram,
11 eis como nos recompensam, vindo para lançar-nos fora da tua herança, que nos fizeste herdar.
12 Ó nosso Deus, não os julgarás? Porque
nós não temos força para resistirmos a esta grande
multidão que vem contra nós, nem sabemos o que havemos de
fazer; porém os nossos olhos estão postos em ti.
13 E todo o Judá estava em pé diante do Senhor, como
também os seus pequeninos, as suas mulheres, e os seus filhos.
14 Então, veio o Espírito do Senhor no meio da
congregação, sobre Jaaziel, filho de Zacarias, filho de
Benaías, filho de Jeiel, filho de Matanias, o levita, dos filhos
de Asafe,
15 e disse: Dai ouvidos, todo o Judá e vós, moradores de
Jerusalém, e tu, ó rei Josafá. Assim vos diz o
Senhor: Não temais, nem vos assusteis por causa desta grande
multidão, porque a peleja não é vossa, mas de Deus.
16 Amanhã descereis contra eles; eis que sobem pela ladeira de
Ziz, e os achareis na extremidade do vale, defronte do deserto de
Jeruel.
17 Nesta batalha não tereis que pelejar; postai-vos, ficai
parados e vede o livramento que o Senhor vos concederá, ó
Judá e Jerusalém. Não temais, nem vos assusteis;
amanhã saí-lhes ao encontro, porque o Senhor está
convosco.
18 Então, Josafá se prostrou com o rosto em terra; e todo
o Judá e os moradores de Jerusalém se lançaram
perante o Senhor, para o adorarem.
19 E levantaram-se os levitas dos filhos dos coatitas e dos filhos dos
coraítas, para louvarem ao Senhor, Deus de Israel, em alta voz.
20 Pela manhã cedo, se levantaram e saíram ao deserto de
Tecoa; ao saírem, Josafá pôs-se em pé e
disse: Ouvi-me, ó Judá, e vós, moradores de
Jerusalém! Crede no Senhor, vosso Deus, e estareis seguros;
crede nos seus profetas, e sereis bem sucedidos.
21 Tendo ele tomado conselho com o povo, designou os que haviam de
cantar ao Senhor e louvá-lo vestidos de trajes santos, ao
saírem diante do exército, e dizer: Dai graças ao
Senhor, porque a sua benignidade dura para sempre.
22 Ora, quando começaram a cantar e a dar louvores, o Senhor
pôs emboscadas contra os homens de Amom, de Moabe e do monte
Seir, que tinham vindo contra Judá; e foram desbaratados.
23 Pois os homens de Amom e de Moabe se levantaram contra os moradores
do monte Seir, para os destruir e exterminar; e, acabando eles com os
moradores do monte Seir, ajudaram a destruir-se uns aos outros.
24 Nisso, chegou Judá à atalaia do deserto; e olharam
para a multidão, e eis que eram cadáveres que jaziam por
terra, não havendo ninguém escapado.
25 Quando Josafá e o seu povo vieram para saquear os seus
despojos, acharam entre eles gado em grande número, objetos de
valor e roupas, assim como jóias preciosas, e tomaram para si
tanto que não podiam levar mais; por três dias saquearam o
despojo, porque era muito.
26 Ao quarto dia, eles se ajuntaram no vale de Beraca; pois ali
louvaram ao Senhor. Por isso aquele lugar é chamado o vale de
Beraca, até o dia de hoje.
27 Então, voltando dali todos os homens de Judá e de
Jerusalém com Josafá à frente deles, retornaram a
Jerusalém com alegria; porque o Senhor os fizera regozijar-se,
sobre os seus inimigos.
28 Vieram, pois, a Jerusalém com alaúdes, com harpas e com trombetas, para a casa do Senhor.
29 Então, veio o temor de Deus sobre todos os reinos daqueles
países, quando eles ouviram que o Senhor havia pelejado contra
os inimigos de Israel.
30 Assim, o reino de Josafá ficou em paz; pois que o seu Deus lhe deu repouso ao redor.
O reinado e a morte de Josafá
31 E Josafá reinou sobre Judá; era da
idade de trinta e cinco anos quando começou a reinar, e reinou
vinte e cinco anos em Jerusalém. E o nome de sua mãe era
Azuba, filha de Sili.
32 Ele andou no caminho de Asa, seu pai, e não se desviou dele, fazendo o que era reto aos olhos do Senhor.
33 Contudo, os altos não foram tirados; nem tinha o povo ainda
disposto o seu coração para o Deus de seus pais.
34 Ora, o restante dos atos de Josafá, desde os primeiros
até os últimos, eis que está escrito nas
crônicas de Jeú, filho de Hanani, que estão
inseridas no livro dos reis de Israel.
35 Depois disto Josafá, rei de Judá, se aliou com Acazias, rei de Israel, que procedeu impiamente;
36 aliou-se com ele para construírem navios que fossem a Társis; e construíram os navios em Eziom-Geber.
37 Então Eliézer, filho de Dodavaú, de Maressa,
profetizou contra Josafá, dizendo: Porquanto te aliaste com
Acazias, o Senhor destruiu as tuas obras. E os navios se
despedaçaram e não puderam ir a Társis.
O reinado de Jeorão
21 Depois, Josafá dormiu com seus
pais, e com eles foi sepultado na cidade de Davi. E Jeorão, seu
filho, reinou em seu lugar.
2 E tinha irmãos, filhos de Josafá: Azarias, Jeiel,
Zacarias, Asarias, Micael e Sefatias; todos estes foram filhos de
Josafá, rei de Judá.
3 Seu pai lhes dera grandes dádivas, em prata, em ouro e em
objetos preciosos, juntamente com cidades fortes em Judá; mas o
reino deu a Jeorão, porque ele era o primogênito.
4 Ora, tendo Jeorão subido ao reino de seu pai, e havendo-se
fortificado, matou todos os seus irmãos à espada, como
também alguns dos príncipes de Israel.
5 Jeorão tinha trinta e dois anos quando começou a reinar, e reinou oito anos em Jerusalém.
6 E andou no caminho dos reis de Israel, como fez Acabe, porque tinha a
filha de Acabe por mulher; e fazia o que parecia mal aos olhos do
Senhor.
7 Contudo, o Senhor não quis destruir a casa de Davi, em
atenção ao pacto que tinha feito com ele, e porque tinha
dito que lhe daria por todos os dias uma lâmpada, a ele e a seus
filhos.
8 Nos dias de Jeorão, os edomeus se revoltaram contra o
domínio de Judá, e constituíram para si um rei.
9 Pelo que Jeorão passou adiante com os seus chefes e com todos
os seus carros; e, levantando-se de noite, desbaratou os edomeus, que
tinham cercado a ele e aos capitães dos carros.
10 Todavia, os edomeus ficaram revoltados contra o domínio de
Judá até o dia de hoje. Nesse mesmo tempo, Libna
também se revoltou contra o seu domínio, porque ele
deixara ao Senhor, Deus de seus pais.
11 Ele fez também altos nos montes de Judá, induziu os
habitantes de Jerusalém à idolatria e impeliu Judá
a prevaricar.
12 Então, lhe veio uma carta da parte de Elias, o profeta, que
dizia: Assim diz o Senhor, Deus de Davi, teu pai: Porquanto não
andaste nos caminhos de Josafá, teu pai, e nos caminhos de Asa,
rei de Judá;
13 mas andaste no caminho dos reis de Israel e induziste Judá e
os habitantes de Jerusalém à idolatria semelhante a
idolatria da casa de Acabe, e também mataste teus irmãos,
da casa de teu pai, os quais eram melhores do que tu;
14 eis que o Senhor ferirá com uma grande praga o teu povo, os teus filhos, as tuas mulheres e toda a tua fazenda;
15 e tu terás uma grave enfermidade; a saber, um mal nas tuas
entranhas, até que elas saiam, de dia em dia, por causa do mal.
16 E o Senhor despertou contra Jeorão o espírito dos
filisteus e dos árabes que estão da banda dos
etíopes.
17 Estes subiram a Judá e, dando sobre ela, levaram toda a
fazenda que se achou na casa do rei, como também seus filhos e
suas mulheres; de modo que não lhe ficou filho algum,
senão Jeoacaz, o mais moço de seus filhos.
18 E depois de tudo isso, o Senhor o feriu nas suas entranhas com uma enfermidade incurável.
19 No decorrer do tempo, ao fim de dois anos, saíram-lhe as
entranhas por causa da doença, e morreu desta horrível
enfermidade. E o seu povo não lhe queimou aromas como queimara a
seus pais.
20 Tinha trinta e dois anos quando começou a reinar, e reinou
oito anos em Jerusalém. Morreu sem deixar de si saudades; e o
sepultaram na cidade de Davi, porém não nos sepulcros dos
reis.
O reinado de Acazias
22 Então, os habitantes de
Jerusalém fizeram reinar em seu lugar Acazias, seu filho mais
moço, porque a tropa que viera com os árabes ao arraial
tinha matado todos os mais velhos. Assim reinou Acazias, filho de
Jeorão, rei de Judá.
2 Tinha vinte e dois anos quando começou a reinar, e reinou
um ano em Jerusalém. E o nome de sua mãe era Atalia,
filha de Onri.
3 Ele também andou nos caminhos da casa de Acabe, porque sua mãe era sua conselheira para proceder impiamente.
4 E fez o que era mau aos olhos do Senhor, como fez a casa de Acabe;
porque eles eram seus conselheiros depois da morte de seu pai, para sua
perdição.
5 Andando nos conselhos deles foi com Jorão, filho de Acabe, rei
de Israel, a guerrear contra Hazael, rei da Síria, junto a
Ramote-Gileade; e os sírios feriram Jorão,
6 o qual voltou para curar-se em Jizreel das feridas que lhe fizeram em
Ramá, quando ele pelejava contra Hazael, rei da Síria. E
Acazias, filho de Jeorão, rei de Judá, desceu para
visitar Jorão, filho de Acabe, em Jizreel, por estar ele doente.
Jeú mara a Acazias
7 Foi por vontade de Deus que Acazias, para sua
ruína, visitou Jorão; pois, quando chegou, saiu com
Jorão contra Jeú, filho de Ninsi, a quem o Senhor tinha
ungido para exterminar a casa de Acabe.
8 E quando Jeú executava juízo contra a casa de Acabe,
achou os príncipes de Judá e os filhos dos irmãos
de Acazias, que o serviam, e os matou.
9 Depois buscou a Acazias, o qual foi preso quando se escondia em
Samaria, trouxeram-no a Jeú e o mataram. Então, o
sepultaram, pois disseram: É filho de Josafá, que buscou
ao Senhor de todo o seu coração. E já não
tinha a casa de Acazias ninguém que fosse capaz de reinar.
Atalia usurpa o trono
10 Vendo Atalia, mãe de Acazias, que seu filho
era morto, levantou-se e destruiu toda a estirpe real da casa de
Judá.
11 Mas Jeosabeate, filha do rei, tomou Joás, filho de Acazias, e
o furtou dentre os filhos do rei, que estavam para ser mortos, e o
pôs com a sua ama na câmara dos leitos. Assim Jeosabeate,
filha do rei Jeorão, mulher do sacerdote Joiada e irmã de
Acazias, o escondeu de Atalia, de modo que ela não o matou.
12 E esteve com eles seis anos, escondido na casa de Deus; e Atalia reinou sobre a terra.
Joás ungido rei de Judá
23 Ora, no sétimo ano, Joiada,
cobrando ânimo, tomou consigo em aliança os
capitães de cem, Azarias, filho de Jeroão, Ismael, filho
de Joanã, Azarias, filho de Obede, Maaseias, filho de
Adaías, e Elisafate, filho de Zicri.
2 Estes percorreram a Judá, ajuntando os levitas de todas as
cidades de Judá e os chefes das casas paternas de Israel; e
vieram para Jerusalém.
3 E toda aquela congregação fez aliança com o rei
na casa de Deus. E Joiada lhes disse: Eis que reinará o filho do
rei, como o Senhor falou a respeito dos filhos de Davi.
4 Isto é o que haveis de fazer: uma terça parte de
vós, isto é, dos sacerdotes e dos levitas que entram no
sábado, servirá de porteiros às entradas;
5 outra terça parte estará junto à casa do rei; e
a outra terça parte à porta do Fundamento; e todo o povo
estará nos átrios da casa do Senhor.
6 Não entre, porém, ninguém na casa da Senhor,
senão os sacerdotes e os levitas que ministram; estes
entrarão, porque são santos; mas todo o povo
guardará a ordenança do Senhor.
7 E os levitas cercarão o rei de todos os lados, cada um com as
suas armas na mão; e qualquer que entrar na casa seja morto; mas
acompanhai vós o rei, quando entrar e quando sair.
8 Fizeram, pois, os levitas e todo o Judá conforme tudo o que
ordenara o sacerdote Joiada; e tomou cada um os seus homens, tanto os
que haviam de entrar no sábado como os que haviam de sair, pois
o sacerdote Joiada não despediu as turmas.
9 Também o sacerdote Joiada deu aos capitães de cem as
lanças, os paveses e os escudos que tinham pertencido ao rei
Davi, os quais estavam na casa de Deus.
10 E dispôs todo o povo, cada um com as suas armas na mão,
desde o lado direito até o lado esquerdo da casa, por entre o
altar e a casa, ao redor do rei.
11 Então, tiraram para fora o filho do rei e, pondo-lhe a coroa e engregando o
Livro do Testemunho, o fizeram rei; e
Joiada e seus filhos o ungiram, e disseram: Viva o rei!
A morte de Atalia
12 Ouvindo, pois, Atalia a voz do povo que corria e louvava ao rei, veio ao povo na casa do Senhor;
13 e quando olhou, eis que o rei estava junto à sua coluna,
à entrada, e os capitães e os trombeteiros perto do rei;
e todo o povo da terra se alegrava, e tocava trombetas; e também
os cantores tocavam instrumentos musicais, e dirigiam os cânticos
de louvor. Então Atalia, rasgando os seus vestidos, clamou:
Traição! Traição!
14 Nisso o sacerdote Joiada trouxe para fora os centuriões que
estavam sobre o exército e disse-lhes: Trazei-a por entre as
fileiras; se alguém a seguir, seja morto à espada. Pois o
sacerdote dissera: Não a mateis na casa do Senhor.
15 Então, deitaram as mãos nela; e ela foi até a
entrada da porta dos cavalos, que dá para a casa do rei, e ali a
mataram.
A aliança de Joiada
16 E Joiada firmou um pacto entre si e o povo todo e o rei, pelo qual seriam o povo do Senhor.
17 Depois, todo o povo entrou na casa de Baal, e a derrubaram;
quebraram os seus altares e as suas imagens, e a Matã, sacerdote
de Baal, mataram diante dos altares.
18 E Joiada dispôs guardas na casa do Senhor, sob a
direção dos sacerdotes levíticos a quem Davi
designara na casa do Senhor para oferecerem com alegria e com
cânticos os holocaustos do Senhor, como está escrito na
lei de Moisés, e segundo a ordem de Davi.
19 Colocou porteiros às portas da casa do Senhor, para que
não entrasse nela ninguém imundo no tocante a coisa
alguma.
20 E tomou os centuriões, os nobres, os governadores do povo e
todo o povo da terra; e conduziram da casa do Senhor o rei e, passando
pela porta superior para a casa do rei, fizeram-no sentar no trono real.
21 Assim todo o povo da terra se alegrou, e a cidade ficou em paz, depois que mataram Atalia à espada.
O reinado de Joás
24 Tinha Joás sete anos quando
começou a reinar, e reinou quarenta anos em Jerusalém. O
nome de sua mãe era Zíbia, de Berseba.
2 E Joás fez o que era reto aos olhos do Senhor por todos os dias do sacerdote
Joiada.
3 E tomou Joiada para ele duas mulheres, das quais teve filhos e filhas.
4 Depois disso, Joás resolveu renovar a casa do Senhor.
5 Reuniu, pois, os sacerdotes e os levitas e lhes disse: Saí
pelas cidades de Judá, e levantai dinheiro de todo a Israel,
anualmente, para reparar a casa do vosso Deus; e vede que apresseis
este negócio; contudo os levitas não o apressaram.
6 Pelo que o rei chamou Joiada, o chefe, e lhe perguntou: Por que
não tens obrigado os levitas a trazerem de Judá e de
Jerusalém o imposto ordenado por Moisés, servo do Senhor,
à congregação de Israel, para a tenda do
Testemunho?
7 Pois os filhos de Atalia, aquela mulher ímpia, tinham
arruinado a casa de Deus; e até empregaram todas as coisas
sagradas da casa do Senhor no serviço dos baalins.
8 O rei, pois, deu ordem; e fizeram uma arca, e a puseram do lado de fora, à porta da casa do Senhor.
9 E publicou-se em Judá e em Jerusalém que trouxessem ao
Senhor o imposto que Moisés, o servo de Deus, havia ordenado a
Israel no deserto.
10 Então, todos os príncipes e todo o povo se alegraram,
e trouxeram o imposto e o lançaram na arca, até que ficou
cheia.
11 E quando era trazida a arca pelas mãos dos levitas ao recinto
do rei, na ocasião em que viam que havia muito dinheiro, vinham
o escrivão do rei e o deputado do sumo sacerdote, esvaziavam a
arca e, tomando-a, tornavam a levá-la ao seu lugar. Assim faziam
dia após dia, e ajuntaram dinheiro em abundância.
12 E o rei e Joiada davam-no aos encarregados da obra da casa do
Senhor; e assalariaram pedreiros e carpinteiros para renovarem a casa
do Senhor, como também os que trabalhavam em ferro e em bronze
para repararem a casa do Senhor.
13 Assim, os encarregados da obra faziam com que o serviço da
reparação progredisse nas suas mãos; e
restituíram a casa de Deus a seu estado anterior, e a
consolidaram.
14 Depois de acabarem a obra, trouxeram ao rei e a Joiada o resto do
dinheiro, e dele se fizeram utensílios para a casa do Senhor,
para serem usados no ministério e nos holocaustos, e colheres, e
vasos de ouro e de prata. E se ofereciam holocaustos continuamente na
casa do Senhor, por todos os dias de Joiada.
15 Joiada, porém, envelheceu e, cheio de dias, morreu; tinha cento e trinta anos quando morreu.
16 E o sepultaram na cidade de Davi com os reis, porque tinha feito o bem em Israel, e para com Deus e sua casa.
Zacarias morto pelo rei
17 E depois da morte de Joiada, vieram os
príncipes de Judá e prostraram-se diante do rei;
então, o rei lhes deu ouvidos.
18 E eles, abandonando a casa do Senhor, Deus de seus pais, serviram
aos aserins e aos ídolos; de sorte que veio grande ira sobre
Judá e Jerusalém por causa desta sua culpa.
19 Contudo, Deus enviou profetas entre eles para os fazer tornar ao
Senhor, os quais protestaram contra eles; mas eles não lhes
deram ouvidos.
20 E o Espírito de Deus apoderou-se de Zacarias, filho do
sacerdote Joiada, o qual se pôs em pé acima do povo, e
lhes disse: Assim diz Deus: Por que transgredis os mandamentos do
Senhor, de modo que não possais prosperar? Porquanto
abandonastes o Senhor, também ele vos abandonou.
21 Mas conspiraram contra ele e, por ordem do rei, o apedrejaram no átrio da casa do Senhor.
22 Assim, o rei Joás não se lembrou da bondade que lhe
fizera Joiada, pai de Zacarias, antes matou-lhe o filho, o qual
morrendo disse: Veja-o o Senhor, e o retribua.
O juízo de Deus sobre Joás
23 Decorrido um ano, o exército da Síria
subiu contra Joás; e vieram a Judá e a Jerusalém,
e destruíram dentre o povo todos os seus príncipes, e
enviaram todo o seu despojo ao rei de Damasco.
24 O exército dos sírios viera com poucos homens, contudo
o Senhor entregou nas suas mãos um exército mui grande,
porquanto abandonaram o Senhor, Deus de seus pais. Assim executaram
juízo contra Joás.
A conspiração contra o rei Joás
25 Quando os sírios se retiraram dele,
deixaram-no gravemente ferido; então, seus servos conspiraram
contra ele por causa do sangue dos filhos do sacerdote Joiada, e o
mataram na sua cama, e assim morreu; e o sepultaram na cidade de Davi,
porém não nos sepulcros dos reis.
26 Estes foram os que conspiraram contra ele: Zabade, filho de Simeate, a amonita, e Jeozabade, filho de Sinrite, a moabita.
27 Ora, quanto a seus filhos, e ao grande número de
oráculos pronunciados contra ele, e à
restauração da casa de Deus, eis que estão
escritos no comentário do livro dos reis. E Amazias, seu filho,
reinou em seu lugar.
O reinado de Amazias
25 Amazias tinha vinte e cinco anos quando
começou a reinar, e reinou vinte e nove anos em
Jerusalém. E o nome de sua mãe era Jeoadã, de
Jerusalém.
2 Ele fez o que era reto aos olhos do Senhor, mas não o fez com coração perfeito.
3 Quando o reino já lhe tinha sido confirmado, ele matou os seus servos que tinham assassinado o rei, seu pai.
4 Contudo, não matou os filhos deles, mas fez segundo
está escrito na lei, no livro de Moisés, como o Senhor
ordenou, dizendo: Não morrerão os pais pelos filhos nem
os filhos pelos pais; mas cada um morrerá pelo seu pecado.
Amazias vence os edomitas
5 Depois, Amazias congregou Judá e o colocou,
segundo as suas casas paternas sob comandantes de milhares e de
centenas, por todo o Judá e Benjamim; e os contou de vinte anos
para cima, e achou deles trezentos mil escolhidos que podiam ir
à guerra e sabiam manejar lança e escudo.
6 Também de Israel tomou a soldo cem mil varões valentes, por cem talentos de prata.
7 Veio ter com ele, porém, um homem de Deus, dizendo: Ó
rei, não deixes ir contigo o exército de Israel, porque o
Senhor não é com Israel, a saber, com todos os filhos de
Efraim.
8 Mas se julgas que assim serás forte para a peleja, Deus te
fará cair diante do inimigo; pois Deus tem poder para ajudar e
para fazer cair.
9 Então, perguntou Amazias ao homem de Deus: Mas que se
fará dos cem talentos de prata que dei às tropas de
Israel? Respondeu o homem de Deus: Mais tem o Senhor que te dar do que
isso.
10 Então, Amazias separou as tropas que lhe tinham vindo de
Efraim, para que voltassem para a sua terra; pelo que muito se acendeu
a ira deles contra Judá, e voltaram para a sua terra ardendo em
ira.
11 Amazias, cobrando ânimo, conduziu o seu povo, e foi ao Vale do Sal, onde matou dez mil dos filhos de Seir.
12 Os filhos de Judá prenderam vivos outros dez mil, e
trazendo-os ao cume da rocha, lançaram-nos dali abaixo, de modo
que todos foram despedaçados.
13 Mas os homens das tropas que Amazias despedira, não deixando
que fossem com ele à batalha, deram sobre as cidades de
Judá, desde Samaria até Bete-Horom, e dos seus habitantes
mataram três mil, e saquearam grande despojo.
Deus repreende Amazias por ser este idólatra
14 Quando Amazias veio da matança dos edomeus,
trouxe consigo os deuses dos filhos de Seir e os elevou para serem os
seus deuses, prostrando-se diante deles e queimando-lhes incenso.
15 Pelo que o Senhor se irou contra Amazias e lhe enviou um profeta,
que lhe disse: Por que buscaste os deuses deste povo, os quais
não livraram o seu próprio povo da tua mão?
16 Enquanto ele ainda falava com o rei, este lhe respondeu: Fizemos-te
conselheiro do rei? Cala-te! Por que haverias de ser morto?
Então, o profeta calou, havendo dito: Sei que Deus resolveu
destruir-te, porquanto fizeste isto, e não deste ouvidos a meu
conselho.
Amazias derrotado por Jeoás
17 Tendo Amazias, rei de Judá, tomado conselho,
mandou dizer a Jeoás, filho de Jeoacaz, filho de Jeú, rei
de Israel: Vem, vejamo-nos face a face.
18 Mas Jeoás, rei de Israel, mandou responder a Amazias, rei de
Judá: O cardo que estava no Líbano mandou dizer ao cedro
que estava no Líbano: Dá tua filha por mulher a meu
filho. Mas uma fera que estava no Líbano passou e pisou o cardo.
19 Tu dizes a ti mesmo: Eis que feri Edom. Assim o teu
coração se eleva para te gloriares. Agora, pois, fica em
tua casa; por que te meterias no mal, para caíres tu e
Judá contigo?
20 Amazias, porém, não lhe deu ouvidos; pois isto vinha
de Deus, para entregá-lo na mão dos seus inimigos, porque
buscaram os deuses de Edom.
21 Subiu, pois, Jeoás, rei de Israel; e ele e Amazias, rei de
Judá, se viram face a face em Bete-Semes, que pertence a
Judá.
22 E Judá foi desbaratado diante de Israel, e fugiu cada um para a sua tenda.
23 E Jeoás, rei de Israel, prendeu Amazias, rei de Judá,
filho de Joás, o filho de Jeoacaz, em Bete-Semes, e o levou a
Jerusalém; e derrubou o muro de Jerusalém, desde a porta
de Efraim até a porta da esquina, quatrocentos côvados.
24 Também tomou todo o ouro, e toda a prata, e todos os
utensílios que se acharam na casa de Deus com Obede-Edom, e os
tesouros da casa do rei, e os reféns, e voltou pura Samaria.
A morte de Amazias, de Judá
25 E Amazias, filho de Joás, rei de
Judá, viveu quinze anos depois da morte de Jeoás, filho
de Jeoacaz, rei de Israel.
26 Quanto ao restante dos atos de Amazias, desde os primeiros
até os últimos, não estão porventura
escritos no livro dos reis de Judá e de Israel?
27 Desde o tempo em que Amazias se desviou do Senhor, conspiraram
contra ele em Jerusalém, e ele fugiu para Laquis; mas
perseguiram-no até Laquis, e ali o mataram.
28 E o trouxeram sobre cavalos e o sepultaram junto a seus pais na cidade de Davi.
O reinado de Uzias
26
Então, todo o povo de Judá tomou a Uzias, que tinha dezesseis anos, e o fizeram rei em lugar de seu pai, Amazias.
2 Ele edificou Elote, e a restituiu a Judá, depois que o rei dormiu com seus pais.
3 Tinha Uzias dezesseis anos quando começou a reinar, e reinou
cinquenta e dois anos em Jerusalém. E o nome de sua mãe
era Jecolia, de Jerusalém.
4 Ele fez o que era reto aos olhos do Senhor, conforme tudo o que fizera Amazias, seu pai.
5 E buscou a Deus enquanto viveu Zacarias, que o instruiu no temor de Deus; e enquanto buscou ao Senhor, Deus o fez prosperar.
6 Saiu e guerreou contra os filisteus, e derrubou o muro de Gate, o
muro de Jabné e o muro de Asdode; e edificou cidades no
país de Asdode e entre os filisteus;
7 porque Deus, o ajudou contra os filisteus e contra os árabes que habitavam em Gur-Baal, e contra os meunitas.
8 Os amonitas pagaram tributo a Uzias; e a sua fama se espalhou até a entrada do Egito, pois se tornou muito poderoso.
9 Também Uzias edificou torres em Jerusalém, à
porta da esquina, à porta do vale e ao ângulo do muro, e
as fortificou.
10 Edificou torres no deserto, e cavou muitos poços, porque
tinha muito gado tanto nos vales como nas campinas; e tinha lavradores
e vinhateiros nos montes e nos campos férteis, pois era amigo da
agricultura.
11 Tinha também Uzias um exército de homens destros nas
armas, que saíam à guerra em tropas, segundo o
número da sua resenha feita pelo escrivão Jeiel e o
oficial Maaseias, sob as ordens de Hananias, um dos príncipes do
rei.
12 O número total dos chefes das casas paternas, homens valorosos, era de dois mil e seiscentos.
13 E sob as suas ordens, havia um exército disciplinado de
trezentos e sete mil e quinhentos homens, que guerreavam valorosamente,
para ajudarem o rei contra os inimigos.
14 Uzias proveu o exército inteiro de escudos, lanças,
capacetes, couraças e arcos, e até fundas para atirar
pedras.
15 E em Jerusalém fabricou máquinas, inventadas por
peritos, para que fossem colocadas nas torres e nos cantos das
muralhas, a fim de se atirarem com elas flechas e grandes pedras. E
divulgou-se a sua fama até muito longe; porque foi
maravilhosamente ajudado, até que se tornou poderoso.
Uzias é atacado de lepra
16 Mas, quando ele se havia tornado poderoso, o seu
coração se exaltou de modo que se corrompeu, e cometeu
transgressões contra o Senhor, seu Deus; pois entrou no templo
do Senhor para queimar incenso no altar do incenso.
17 Mas o sacerdote Azarias entrou após ele, com oitenta sacerdotes do Senhor, homens valorosos,
18 e se opuseram ao rei Uzias, dizendo-lhe: A ti, Uzias, não
compete queimar incenso perante o Senhor, mas aos sacerdotes, filhos de
Arão, que foram consagrados para queimarem incenso. Sai do
santuário, pois cometeste uma transgressão; e não
será isto para honra tua da parte do Senhor Deus.
19 Então, Uzias se indignou; e tinha na mão um
incensário para queimar incenso. Indignando-se ele, pois, contra
os sacerdotes, nasceu-lhe a lepra na testa, perante os sacerdotes, na
casa de Senhor, junto ao altar do incenso.
20 Então, o sumo sacerdote Azarias olhou para ele, como
também todos os sacerdotes, e eis que já estava leproso
na sua testa. E apressadamente o lançaram fora, e ele mesmo se
apressou a sair, porque o Senhor o ferira.
21 Assim, ficou leproso o rei Uzias
até o dia da sua morte; e, por ser leproso, morou numa casa
separada, pois foi excluído da casa do Senhor. E Jotão,
seu filho, tinha o cargo da casa do rei, julgando o povo da terra.
22 Quanto ao restante dos atos de Uzias, desde os primeiros até
os últimos, o profeta Isaías, filho de Amoz, o escreveu.
23 Assim, dormiu Uzias com seus pais, e com eles o sepultaram, isto
é, no campo de sepultura que era dos reis; pois disseram: ele
é leproso. E Jotão, seu filho, reinou em seu lugar.
O reinado de Jotão
27 Tinha Jotão vinte e cinco anos
quando começou a reinar, e reinou dezesseis anos em
Jerusalém. E o nome de sua mãe era Jerusa, filha de
Zadoque,
2 Ele fez o que era reto aos olhos do Senhor, conforme tudo o que fizera Uzias,
seu pai; todavia não entrou no templo do Senhor. Mas o povo ainda se corrompia.
3 Ele construiu a porta superior da casa do Senhor, e edificou extensivamente sobre o muro de Ofel.
4 Também edificou cidades na região montanhosa de Judá, e castelos e torres nos bosques.
5 Guerreou contra o rei dos amonitas e prevaleceu sobre eles; de modo
que os amonitas naquele ano lhe deram cem talentos de prata, dez mil
coros de trigo e dez mil de cevada. Isso lhe trouxeram os amonitas
também no segundo e no terceiro ano.
6 Assim, Jotão se tornou poderoso, porque dirigiu os seus caminhos na presença do Senhor, seu Deus.
7 Ora, o restante dos atos de Jotão, e todas as suas guerras e
os seus caminhos, eis que estão escritos no livro dos reis de
Israel e de Judá.
8 Tinha vinte e cinco anos quando começou a reinar, e reinou dezesseis anos em Jerusalém.
9 E Jotão dormiu com seus pais, e o sepultaram na cidade de Davi. E Acaz, seu filho, reinou em seu lugar.
O reinado de Acaz
28 Tinha Acaz vinte anos quando
começou a reinar, e reinou dezesseis anos em Jerusalém. E
não fez o que era reto aos olhos do Senhor, como Davi, seu pai;
2 mas andou nos caminhos dos reis de Israel, e até fez imagens de fundição para os baalins.
3 Também queimava incenso no vale do filho de Hinom, e queimou
seus filhos no fogo, conforme as abominações das
nações que o Senhor expulsara de diante dos filhos de
Israel.
4 Sacrificava e queimava incenso nos altos e nos outeiros, como também debaixo de toda árvore frondosa.
5 Pelo que o Senhor, seu Deus, o entregou na mão do rei dos
sírios, os quais o derrotaram e tomaram-lhe em cativeiro grande
multidão de presos, que levaram para Damasco. Foi também
entregue na mão do rei de Israel, o qual lhe infligiu grande
derrota,
6 pois Peca, filho de Remalias, matou em Judá, num só
dia, cento e vinte mil, todos homens valentes; porquanto haviam
abandonado o Senhor, Deus de seus pais.
7 E Zicri, varão poderoso de Efraim, matou Maaseias, filho do
rei, e Azricão, o mordomo, e Elcana, o segundo depois do rei.
8 E os filhos de Israel levaram cativos de seus irmãos duzentos
mil, mulheres filhos e filhas; também saquearam deles grande
despojo, que levaram para Samaria.
9 Mas estava ali um profeta do Senhor, cujo nome era Odede, o qual saiu
ao encontro do exército que vinha para Samaria, e lhe disse: Eis
que, irando-se o Senhor, Deus de vossos pais, contra Judá, os
entregou na vossa mão, e vós os matastes com uma raiva
que chegou até o céu.
10 E agora vós quereis sujeitar a vós os filhos de
Judá e de Jerusalém, como escravos e escravas; porventura
não sois vós mesmos culpados para com o Senhor, vosso
Deus?
11 Agora, pois, ouvi-me, e tornai a enviar os cativos que trouxestes
dentre vossos irmãos, pois o ardor da ira do Senhor está
sobre vós.
12 Então, alguns dos chefes dos efraimitas, a saber, Azarias,
filho de Joanã, Berequias, filho de Mesilemote, Jeizquias, filho
de Salum, e Amasa, filho de Hadlai, se levantaram contra os que
voltavam da guerra,
13 e lhes disseram: Não fareis entrar aqui estes cativos;
porque, além da nossa culpa contra o Senhor, o que vós
quereis fazer acrescentaria mais a nossos pecados e a nossas culpas;
pois já temos grande culpa, e o ardor da ira do Senhor
está sobre Israel.
14 Então, os homens armados deixaram os cativos e o despojo
diante dos príncipes e de toda a congregação.
15 E os homens já mencionados por nome se levantaram e tomaram
os cativos, e vestiram do despojo a todos os que dentre eles estavam
nus; vestiram-nos, e os calçaram, e lhes deram de comer e de
beber, e os ungiram; e, levando sobre jumentos todos os que estavam
fracos, conduziram-nos a Jericó, a cidade das palmeiras, a seus
irmãos. Depois, voltaram para Samaria.
Acaz pede socorro aos assírios
16 Naquele tempo, o rei Acaz mandou pedir socorro ao rei da Assíria.
17 Pois de novo os edomeus, tendo invadido Judá, a derrotaram e levaram prisioneiros.
18 Também os filisteus tinham invadido as cidades da baixada e
do sul de Judá, e tinham tomado Bete-Semes, Aijalom, Gederote,
Socó e suas aldeias, Timna e suas aldeias, e Ginzo e suas
aldeias, estabelecendo-se ali.
19 Pois o Senhor humilhou Judá por causa do rei Acaz, porque
este se houve desenfreadamente em Judá, havendo desprezado ao
Senhor.
20 E veio a ele Tilgate-Pilneser, rei da Assíria, e o pôs em aperto, em vez de fortalecê-lo.
21 Pois Acaz saqueou a casa do Senhor, e a casa do rei, e dos
príncipes, e deu os despojos por tributo ao rei da
Assíria; porém isso não o ajudou.
A idolatria de Acaz
22 No tempo da sua angústia, houve-se com ainda maior desprezo pelo Senhor, este mesmo rei Acaz.
23 Pois sacrificou aos deuses de Damasco, que o tinham derrotado, e
disse: Visto que os deuses dos reis da Síria os ajudam, portanto
eu lhes sacrificarei, para que me ajudem a mim. Eles, porém,
foram a ruína dele e de todo o Israel.
24 Ajuntou Acaz os utensílios da casa de Deus, fê-los em
pedaços, e fechou as portas da casa do Senhor; e fez para si
altares em todos os cantos de Jerusalém.
25 Também em cada cidade de Judá fez altos para queimar
incenso a outros deuses, assim provocando à ira o Senhor, Deus
de seus pais.
A morte de Acaz
26 Ora, o restante dos seus atos e de todos os seus
caminhos, desde os primeiros até os últimos, eis que
está escrito no livro dos reis de Judá e de Israel.
27 E Acaz dormiu com seus pais, e o sepultaram na cidade, em
Jerusalém; pois não o puseram nos sepulcros dos reis de
Israel. E Ezequias, seu filho, reinou em seu lugar.
Ezequias manda abrir o templo
29 Ezequias começou a reinar quando
tinha vinte e cinco anos; e reinou vinte e nove anos em
Jerusalém. E o nome de sua mãe era Abia, filha de
Zacarias.
2 Ele fez o que era reto aos olhos do Senhor, conforme tudo quanto fizera Davi, seu pai.
3 Pois ele, no primeiro ano do seu reinado, no primeiro mês, abriu as portas da casa do Senhor, e as reparou.
4 Fez vir os sacerdotes e os levitas e, ajuntando-os na praça oriental,
5 disse-lhes: Ouvi-me, ó levitas; santificai-vos agora, e
santificai a casa do Senhor, Deus de vossos pais, e tirai do santo
lugar a imundícia.
6 Porque nossos pais se houveram traiçoeiramente, e fizeram o
que era mau aos olhos do Senhor, nosso Deus; deixaram-no e, desviando
os seus rostos da habitação do Senhor, voltaram-lhe as
costas.
7 Também fecharam as portas do alpendre, apagaram as
lâmpadas, e não queimaram incenso nem ofereceram
holocaustos no santo lugar ao Deus de Israel.
8 Pelo que veio a ira do Senhor sobre Judá e Jerusalém, e
ele os entregou para serem motivo de espanto, de
admiração e de escárnio, como vós o estais
vendo com os vossos olhos.
9 Porque eis que nossos pais caíram à espada, e nossos
filhos, nossas filhas e nossas mulheres estão por isso em
cativeiro.
10 Agora tenho no coração o propósito de fazer um
pacto com o Senhor, Deus de Israel, para que se desvie de nós o
ardor da sua ira.
11 Filhos meus, não sejais negligentes, pois o Senhor vos
escolheu para estardes diante dele a fim de o servir, e para serdes
seus ministros e queimardes incenso.
Os levitas purificam o templo
12 Então, se levantaram os levitas: Maate,
filho de Amasai, e Joel, filho de Azarias, dos filhos dos coatitas; e
dos filhos de Merári: Quis, filho de Abdi, e Azurias, filho de
Jealelel; e dos gersonitas: Joá, filho de Zima, e Éden,
filho de Joá;
13 e dos filhos de Elizafã: Sínri e Jeuel; dos filhos de Asafe; Zacarias e Matanias;
14 e dos filhos de Hemã: Jeuel e Simei; e dos filhos de Jedutun: Semaías e Uziel.
15 Ajuntaram seus irmãos, santificaram-se e entraram conforme a
ordem do rei, segundo as palavras do Senhor, para purificarem a casa do
Senhor.
16 Também os sacerdotes entraram na parte interior da casa do
Senhor para a limparem, e tirarem para fora, ao átrio da casa do
Senhor, toda a imundícia que acharam no templo do Senhor; e os
levitas a tomaram e a levaram para fora, ao ribeiro de Cedrom.
17 Começaram a santificá-la no primeiro dia do primeiro
mês, e ao oitavo dia do mês chegaram ao alpendre do Senhor,
e santificaram a casa do Senhor em oito dias; no décimo sexto
dia do primeiro mês acabaram.
18 Então, foram ter com o rei Ezequias no palácio, e
disseram: Acabamos de limpar toda a casa do Senhor, como também
o altar do holocausto com todos os seus utensílios, e a mesa dos
pães da proposição com todos os seus
utensílios.
19 Todos os utensílios que o rei Acaz, no seu reinado,
lançou fora, na sua infidelidade, já os preparamos e
santificamos; e eis que estão diante do altar do Senhor.
Ezequias restabelece o culto de Deus
20 Então, o rei Ezequias se levantou de madrugada, e ajuntou os príncipes da cidade e subiu à casa do Senhor.
21 E trouxeram sete novilhos, sete carneiros, sete cordeiros e sete
bodes, como oferta pelo pecado a favor do reino, do santuário e
de Judá; e o rei deu ordem aos sacerdotes, filhos de
Arão, que os oferecessem sobre o altar do Senhor.
22 Os sacerdotes, pois, imolaram os novilhos, e tomando o sangue o
aspergiram sobre o altar; também imolaram os carneiros, e
aspergiram o sangue sobre o altar; semelhantemente imolaram os
cordeiros, e aspergiram o sangue sobre o altar.
23 Então, trouxeram os bodes, como oferta pelo pecado, perante o
rei e a congregação, que lhes impuseram as mãos;
24 e os sacerdotes os imolaram, e com o seu sangue fizeram uma oferta
pelo pecado, sobre o altar, para fazer expiação por todo
o Israel. Porque o rei tinha ordenado que se fizesse aquele holocausto
e aquela oferta pelo pecado por todo o Israel.
25 Também dispôs os levitas na casa do Senhor com
címbalos, alaúdes e harpas conforme a ordem de Davi, e de
Gade, o vidente do rei, e do profeta Natã; porque esta ordem
viera do Senhor, por meio de seus profetas.
26 E os levitas estavam em pé com os instrumentos de Davi, e os sacerdotes com as trombetas.
27 E Ezequias ordenou que se oferecesse o holocausto sobre o altar; e
quando começou o holocausto, começou também o
canto do Senhor, ao som das trombetas e dos instrumentos de Davi, rei
de Israel.
28 Então, toda a congregação adorava, os cantores
cantavam, e os trombeteiros tocavam; tudo isso continuou até se
acabar o holocausto.
29 Tendo eles acabado de fazer a oferta, o rei e todos os que estavam com ele se prostraram e adoraram.
30 E o rei Ezequias e os príncipes ordenaram aos levitas que
louvassem ao Senhor com as palavras de Davi, e de Asafe, o vidente. E
eles cantaram louvores com alegria, e se inclinaram e adoraram.
31 Então, Ezequias disse: Agora que vos consagrastes ao Senhor,
chegai-vos e trazei sacrifícios e ofertas em ação
de graças a casa do Senhor. E a congregação trouxe
sacrifícios e ofertas em ação de graças, e
todos os que estavam dispostos de coração trouxeram
holocaustos.
32 E o número dos holocaustos que a congregação
trouxe foi de setenta novilhos, cem carneiros e duzentos cordeiros,
tudo isso em holocausto ao Senhor.
33 Houve também, de coisas consagradas, seiscentos bois e três mil ovelhas.
34 Eram, porém, mui poucos os sacerdotes, de modo que não
podiam esfolar todos os holocaustos; pelo que seus irmãos, os
levitas, os ajudaram, até se acabar a obra, e até que os
outros sacerdotes se santificaram, pois os levitas foram mais retos de
coração, para se santificarem, do que os sacerdotes.
35 E houve também holocaustos em abundância, juntamente
com a gordura das ofertas pacíficas, e com as ofertas de
libação para cada holocausto. Assim, se restabeleceu o
ministério da casa do Senhor.
36 E Ezequias regozijou-se, e com ele todo o povo, por causa daquilo
que Deus tinha preparado a favor do povo; pois isto se fizera de
improviso.
A celebração da Páscoa
30 Depois disso, Ezequias enviou
mensageiros por todo o Israel e Judá, e escreveu cartas a Efraim
e a Manassés, para que viessem à casa do Senhor em
Jerusalém, a fim de celebrarem a páscoa ao Senhor, Deus
de Israel.
2 Pois o rei tivera conselho com os príncipes e com toda a
congregação em Jerusalém, para celebrarem a
páscoa no segundo mês.
3 Pois não a puderam celebrar no tempo próprio, porque
não se tinham santificado sacerdotes em número
suficiente, e porque o povo não se tinha ajuntado em
Jerusalém.
4 Isto pareceu bem aos olhos do rei e de toda a congregação.
5 E decretaram que se fizesse proclamação por todo o
Israel, desde Berseba até Dã, para que viessem celebrar a
páscoa ao Senhor, Deus de Israel, em Jerusalém; porque
muitos não a tinham celebrado como está escrito.
6 Foram, pois, os correios com as cartas do rei e dos seus
príncipes, por todo o Israel e Judá, segundo a ordem do
rei, dizendo: Filhos de Israel, voltai para o Senhor, Deus de
Abraão, de Isaque e de Israel, para que ele se volte para o
restante de vós que escapastes da mão dos reis da
Assíria.
7 Não sejais como vossos pais e vossos irmãos, que foram
infiéis para com o Senhor, Deus de seus pais, de modo que os
entregou à desolação como vedes.
8 Não endureçais agora a vossa cerviz, como fizeram
vossos pais; mas submetei-vos ao Senhor, e entrai no seu
santuário que ele santificou para sempre, e servi ao Senhor,
vosso Deus, para que o ardor da sua ira se desvie de vós.
9 Pois, se voltardes para o Senhor, vossos irmãos e vossos
filhos acharão misericórdia diante dos que os levaram
cativos, e tornarão para esta terra; porque o Senhor, vosso
Deus, é clemente e compassivo, e não desviará de
vós o seu rosto, se voltardes para ele.
10 Os correios, pois, foram passando de cidade em cidade, pela terra de
Efraim e Manassés, até Zebulom; porém riam-se e
zombavam deles.
11 Todavia, alguns de Aser, de Manassés e de Zebulom se humilharam e vieram a Jerusalém.
12 E a mão de Deus esteve com Judá, dando-lhes um
só coração para cumprirem a ordem do rei e dos
príncipes, conforme a palavra do Senhor.
13 E ajuntou-se em Jerusalém muito povo para celebrar a festa
dos pães asmos no segundo mês, uma
congregação mui grande.
14 E, levantando-se, tiraram os altares que havia em Jerusalém;
também tiraram todos os altares de incenso, e os lançaram
no ribeiro de Cedrom.
15 Então, imolaram a páscoa no décimo quarto dia
do segundo mês; e os sacerdotes e levitas, envergonhados,
santificaram-se e trouxeram holocaustos à casa do Senhor.
16 Tomaram os seus lugares, segundo a sua ordem, conforme a lei de Moisés, homem de Deus; e os sacerdotes
aspergiram o sangue que recebiam da mão dos levitas.
17 Pois havia muitos na congregação que não se
tinham santificado; pelo que os levitas tiveram que imolar os cordeiros
da páscoa por todo aquele que não estava limpo, para o
santificarem ao Senhor.
18 Porque uma multidão do povo, muitos de Efraím e
Manassés, Issacar e Zebulom, não se tinham purificado,
contudo comeram a páscoa, ainda que não segundo o que
está escrito; pois Ezequias tinha orado por eles, dizendo: O
Senhor, que é bom, perdoe todo aquele
19 que dispõe o seu coração para buscar a Deus, o
Senhor, o Deus de seus pais, ainda que não esteja purificado
segundo a purificação do santuário.
20 E o Senhor ouviu Ezequias, e sarou o povo.
21 E os filhos de Israel que se acharam em Jerusalém celebraram
a festa dos pães asmos por sete dias com grande alegria; e os
levitas e os sacerdotes louvaram ao Senhor de dia em dia com
instrumentos fortemente retinintes, cantando ao Senhor.
22 E Ezequias falou benignamente a todos os levitas que tinham bom
entendimento no serviço do Senhor. Assim, comeram as ofertas da
festa por sete dias, sacrificando ofertas pacíficas, e dando
graças ao Senhor, Deus de seus pais.
23 E, tendo toda a congregação resolvido celebrar outros sete dias, celebraram por mais sete dias com alegria.
24 Pois Ezequias, rei de Judá, apresentou à
congregação para os sacrifícios mil novilhos e
sete mil ovelhas; e os príncipes apresentaram à
congregação mil novilhos e dez mil ovelhas; e os
sacerdotes se santificaram em grande número.
25 E regozijaram-se toda a congregação de Judá,
juntamente com os sacerdotes e levitas, e toda a
congregação dos que vieram de Israel, como também
os estrangeiros que vieram da terra de Israel e os que habitavam em
Judá.
26 Assim, houve grande alegria em Jerusalém, pois desde os dias
de Salomão, filho de Davi, rei de Israel, não tinha
havido coisa semelhante em Jerusalém.
27 Então, os levitas sacerdotes se levantaram e
abençoaram o povo; e a sua voz foi ouvida, porque a sua
oração chegou até a santa habitação
de Deus, até o céu.
31 Acabado tudo isso,
todos os israelitas que ali estavam saíram às cidades de
Judá e despedaçaram as colunas, cortaram os aserins, e
derrubaram os altos e altares por toda a Judá e Benjamim, como
também em Efraim e Manassés, até os
destruírem de todo. Depois, voltaram todos os filhos de Israel
para as suas cidades, cada um para sua possessão.
Ezequias regula as contribuições para os sacerdotes e os levitas
2 E Ezequias estabeleceu as turmas dos sacerdotes e
levitas, turma por turma, cada um segundo o seu serviço, tanto
os sacerdotes como os levitas, para os holocaustos e as ofertas
pacíficas, para ministrarem, renderem ações de
graças e cantarem louvores nas portas do arraial do Senhor.
3 A contribuição da fazenda do rei foi designada para os
holocaustos: os holocaustos da manhã e da tarde, e os
holocaustos dos sábados, das luas novas e das festas fixas, como
está escrito na lei do Senhor.
4 Além disso, ordenou ao povo que morava em Jerusalém que
desse a porção pertencente aos sacerdotes e aos levitas,
para que eles se dedicassem à lei do Senhor.
5 Logo que esta ordem se divulgou, os filhos de Israel trouxeram em
abundância as primícias de trigo, mosto, azeite, mel e
todo produto do campo; também trouxeram em abundância o
dízimo de tudo.
6 Os filhos de Israel e de Judá que habitavam nas cidades de
Judá também trouxeram o dízimo de bois e de
ovelhas, e o dízimo das coisas dedicadas que foram consagradas
ao Senhor, seu Deus, e depositaram-nos em montões.
7 No terceiro mês, começaram a formar os montões, e no sétimo mês acabaram.
8 Vindo, pois, Ezequias e os príncipes, e vendo aqueles montões, bendisseram ao Senhor e ao seu povo Israel.
9 Então, perguntou Ezequias aos sacerdotes e aos levitas acerca daqueles montões.
10 Respondeu-lhe Azarias, o sumo sacerdote, que era da casa de Zadoque,
dizendo: Desde que o povo começou a trazer as ofertas para a
casa do Senhor, tem havido o que comer e de que se fartar, e ainda nos
tem sobejado bastante, porque o Senhor abençoou ao seu povo; e
os sobejos constituem esta abastança.
11 Então, ordenou Ezequias que se preparassem câmaras na casa do Senhor; e as prepararam.
12 Ali recolheram fielmente as ofertas, os dízimos e as coisas
dedicadas; e tinha o cargo disto o levita Conanias, e depois dele
Simei, seu irmão.
13 E Jeiel, Azazias, Naate, Asael, Jerimote, Jozabade, Eliel,
Ismaquias, Maate e Benaías eram superintendentes sob a
direção de Conanias e de Simei, seu irmão, por
decreto do rei Ezequias e de Azarias, o chefe da casa de Deus.
14 E o levita Coré, filho de Imná, e guarda da porta
oriental, estava encarregado das ofertas voluntárias que se
faziam a Deus, para distribuir as ofertas do Senhor e as coisas
santíssimas.
15 E debaixo das suas ordens estavam Éden, Miniamim,
Jesuá, Semaías, Amarias e Secanias, nas cidades dos
sacerdotes, para fazerem com fidelidade a distribuição a
seus irmãos, segundo as suas turmas, tanto aos pequenos como aos
grandes,
16 exceto os que estavam contados pelas genealogias, varões da
idade de três anos para cima, todos os que entravam na casa do
Senhor, para o seu serviço diário nos seus cargos segundo
as suas turmas.
17 Quanto ao registro dos sacerdotes, era feito segundo as suas casas
paternas; e o dos levitas da idade de vinte anos para cima era feito
segundo os seus cargos nas suas turmas.
18 Os sacerdotes eram arrolados com todos os seus pequeninos, suas
mulheres, seus filhos e suas filhas, por toda a
congregação; porque estes se dedicavam fielmente
às coisas consagradas.
19 Também para os filhos de Arão, os sacerdotes que
estavam nos campos dos arrabaldes das suas cidades, em cada cidade,
havia homens designados por nome para distribuírem
porções a todo homem entre os sacerdotes e a todos os
arrolados entre os levitas.
20 Assim fez Ezequias em todo o Judá; e fez o que era bom, e reto, e fiel perante o Senhor, seu Deus.
21 E toda a obra que empreendeu no serviço da casa de Deus, e de
acordo com a lei e os mandamentos, para buscar a seu Deus, ele a fez de
todo o seu coração e foi bem sucedido.
Ezequias prepara-se para resistir a Senaqueribe
32 Depois destas coisas e destes atos de
fidelidade, veio Senaqueribe, rei da Assíria e, entrando em
Judá, acampou-se contra as cidades fortes, a fim de apoderar-se
delas.
2 Quando Ezequias viu que Senaqueribe tinha vindo com o propósito de guerrear contra Jerusalém,
3 teve conselho com os seus príncipes e os seus poderosos, para
que se tapassem as fontes das águas que havia fora da cidade; e
eles o ajudaram.
4 Assim, muito povo se ajuntou e tapou todas as fontes, como
também o ribeiro que corria pelo meio da terra, dizendo: Por que
viriam os reis da Assíria, e achariam tantas águas?
5 Ezequias, cobrando ânimo, edificou todo o muro que estava
demolido, levantando torres sobre ele, fez outro muro por fora,
fortificou a Milo na cidade de Davi, e fez armas e escudos em
abundância.
6 Então, pôs oficiais de guerra sobre o povo e,
congregando-os na praça junto à porta da cidade,
falou-lhes ao coração, dizendo:
7 Sede corajosos, e tende bom ânimo; não temais, nem vos
espanteis, por causa do rei da Assíria, nem por causa de toda a
multidão que está com ele, pois há conosco um
maior do que o que está com ele.
8 Com ele está um braço de carne, mas conosco o Senhor,
nosso Deus, para nos ajudar e para guerrear por nós. E o povo
descansou nas palavras de Ezequias, rei de Judá.
Senaqueribe afronta a Ezequias
9 Depois disso, Senaqueribe, rei da Assíria,
enquanto estava diante de Laquis, com todas as suas forças,
enviou os seus servos a Jerusalém, a Ezequias, rei de
Judá, e a todo o Judá que estava em Jerusalém,
dizendo:
10 Assim diz Senaqueribe, rei da Assíria: Em que confiais vós, para vos deixardes sitiar em Jerusalém?
11 Porventura não vos engana Ezequias, para vos fazer morrer
à fome e à sede, quando diz: O Senhor, nosso Deus, nos
livrará das mãos do rei da Assíria?
12 Esse mesmo Ezequias não lhe tirou os altos e os altares, e
não ordenou a Judá e a Jerusalém, dizendo: Diante
de um só altar adorareis, e sobre ele queimareis incenso?
13 Não sabeis vós o que eu e meus pais temos feito a
todos os povos de outras terras? Puderam de qualquer maneira os deuses
das nações daquelas terras livrar a sua terra da minha
mão?
14 Qual é, de todos os deuses daquelas nações que
meus pais destruíram, o que pôde livrar o seu povo da
minha mão, para que o vosso Deus vos possa livrar da minha
mão?
15 Agora, pois, não vos engane Ezequias, nem vos incite assim,
nem lhe deis crédito. Porque nenhum deus de nação
alguma, nem de reino algum, pôde livrar o seu povo da minha
mão, nem da mão de meus pais; quanto menos o vosso Deus
vos poderá livrar da minha mão?
16 E os servos de Senaqueribe falaram ainda mais contra o Senhor Deus, e contra o seu servo Ezequias.
17 Ele também escreveu cartas para blasfemar do Senhor, Deus de
Israel, dizendo contra ele: Assim como os deuses das
nações das terras não livraram o seu povo da minha
mão, assim também o Deus de Ezequias não
livrará o seu povo da minha mão.
18 E clamaram em alta voz, na língua dos judeus, ao povo de
Jerusalém que estava em cima do muro, para os atemorizarem e os
perturbarem, a fim de tomarem a cidade.
19 E falaram do Deus de Jerusalém como dos deuses dos povos da terra, que são obras das mãos dos homens.
20 Mas o rei Ezequias e o profeta Isaías, filho de Amoz, oraram por causa disso, e clamaram ao céu.
A destruição do exército dos assírios
21 Então, o Senhor enviou um anjo que destruiu
no arraial do rei da Assíria todos os guerreiros valentes, e os
príncipes, e os chefes. Ele, pois, envergonhado, voltou para a
sua terra; e, quando entrou na casa de seu deus, alguns dos seus
próprios filhos o mataram ali à espada.
22 Assim, o Senhor salvou Ezequias, e os moradores de Jerusalém,
da mão de Senaqueribe, rei da Assíria, e da mão de
todos; e lhes deu descanso de todos os lados.
23 E muitos trouxeram presentes a Jerusalém ao Senhor, e coisas
preciosas a Ezequias, rei de Judá, de modo que desde
então ele foi exaltado perante os olhos de todas as
nações.
Doença de Ezequias
24 Naqueles dias Ezequias, adoecendo, estava à morte: e orou ao Senhor o qual lhe respondeu, e lhe deu um sinal.
25 Mas Ezequias não correspondeu ao benefício que lhe
fora feito, pois o seu coração se exaltou; pelo que veio
grande ira sobre ele, e sobre Judá e Jerusalém.
26 Todavia, Ezequias humilhou-se pela soberba do seu
coração, ele e os habitantes de Jerusalém; de modo
que a grande ira do Senhor não veio sobre eles nos dias de
Ezequias.
27 E teve Ezequias riquezas e honra em grande abundância;
proveu-se de tesourarias para prata, ouro, pedras preciosas,
especiarias, escudos, e toda espécie de objetos
desejáveis;
28 também de celeiros para o aumento de trigo, de vinho, e de
azeite; e de estrebarias para toda a casta de animais, e de currais
para os rebanhos.
29 Além disso, edificou para si cidades, e teve rebanhos e
manadas em abundância; pois Deus lhe tinha dado muitíssima
fazenda.
30 Também foi Ezequias quem tapou o manancial superior das
águas de Giom, fazendo-as correr em linha reta pelo lado
ocidental da cidade de Davi. Ezequias, pois, prosperou em todas as suas
obras.
31 Contudo, no negócio dos embaixadores dos príncipes de
Babilônia, que lhe foram enviados a perguntarem acerca do
prodígio que fora feito na sua terra, Deus o desamparou para
experimentá-lo, e para saber tudo o que havia no seu
coração.
A morte de Ezequias
32 Ora, o restante dos atos de Ezequias, e as suas
boas obras, eis que estão escritos na visão do profeta
Isaías, filho de Amoz, no livro dos reis de Judá e de
Israel.
33 E Ezequias dormiu com seus pais, e o sepultaram no mais alto dos
sepulcros dos filhos de Davi; e todo o Judá e os habitantes de
Jerusalém lhe renderam honras na sua morte. E Manassés,
seu filho, reinou em seu lugar.
O reinado de Manassés
33
Tinha Manassés doze anos quando começou a reinar, e reinou cinquenta e cinco anos em Jerusalém.
2 E fez o que era mau aos olhos do Senhor, conforme as
abominações dos povos que o Senhor lançara fora de
diante dos filhos de Israel.
3 Pois tornou a edificar os altos que Ezequias, seu pai, tinha
derribado; e levantou altares aos baalins, e fez aserotes, e adorou a
todo o exército do céu, e o serviu.
4 Também edificou altares na casa do Senhor, da qual o Senhor
tinha dito: Em Jerusalém estará o meu nome eternamente.
5 Edificou altares a todo o exército do céu, nos dois átrios da casa do Senhor.
6 Além disso, queimou seus filhos como sacrifício no vale
do filho de Hinom; e usou de augúrios e de encantamentos, e
dava-se a artes mágicas, e instituiu adivinhos e feiticeiros;
sim, fez muito mal aos olhos do Senhor, para o provocar à ira.
7 Também a imagem esculpida do ídolo que tinha feito, ele
a colocou na casa de Deus, da qual Deus tinha dito a Davi e a
Salomão, seu filho: Nesta casa, e em Jerusalém, que
escolhi de todas as tribos de Israel, porei eu o meu nome para sempre;
8 e nunca mais removerei o pé de Israel da terra que destinei a
vossos pais; contanto que tenham cuidado de fazer tudo o que eu lhes
ordenei, toda a lei, os estatutos e as ordenanças dados por
intermédio de Moisés.
9 Manassés tanto fez errar a Judá e aos moradores de
Jerusalém, que eles fizeram o mal ainda mais do que as
nações que o Senhor tinha destruído de diante dos
filhos de Israel.
O cativeiro de Manassés e a sua oração
10 Falou o Senhor a Manassés e ao seu povo, porém não deram ouvidos.
11 Pelo que o Senhor trouxe sobre eles os comandantes do
exército do rei da Assíria, os quais prenderam
Manassés com ganchos e, amarrando-o com cadeias de bronze, o
levaram para Babilônia.
12 E estando ele angustiado, suplicou ao Senhor, seu Deus, e humilhou-se muito perante o Deus de seus pais;
13 sim, orou a ele; e Deus se aplacou para com ele, e ouviu-lhe a
súplica, e tornou a trazê-lo a Jerusalém, ao seu
reino. Então, conheceu Manassés que o Senhor era Deus.
14 Ora, depois disso edificou um muro do lado de fora da cidade de
Davi, ao ocidente de Giom, no vale, até a entrada da porta dos
peixes; e fê-lo passar ao redor de Ofel, e o levantou muito alto;
também pôs oficiais do exército em todas as cidades
fortificadas de Judá.
15 Tirou da casa do Senhor os deuses estranhos e o ídolo, como
também todos os altares que tinha edificado no monte da casa do
Senhor, e em Jerusalém, e os lançou fora da cidade.
16 Também reparou o altar do Senhor, e ofereceu sobre ele
sacrifícios de ofertas pacíficas e de ações
de graças; e ordenou a Judá que servisse ao Senhor, Deus
de Israel.
17 Contudo, o povo ainda sacrificava nos altos, mas somente ao Senhor, seu Deus.
A morte de Manassés
18 O restante dos atos de Manassés, e a sua
oração ao seu Deus, e as palavras dos videntes que lhe
falaram em nome do Senhor, Deus de Israel, eis que estão
escritos na História dos Reis de Israel.
19 Também a sua oração, e como Deus se aplacou
para com ele, e todo o seu pecado, e a sua transgressão, e os
lugares onde edificou altos e pôs os aserins e as imagens
esculpidas antes de se ter humilhado, eis que estão escritos nas
crônicas dos videntes.
20 E dormiu Manassés com seus pais, e o sepultaram em sua casa; e Amom, seu filho, reinou em seu lugar.
O reinado de Amom
21 Tinha Amom vinte e dois anos quando começou a reinar, e reinou dois anos em Jerusalém.
22 Fez o que era mau aos olhos do Senhor, como havia feito
Manassés, seu pai. Amom sacrificou a todas as imagens esculpidas
que Manassés, seu pai, tinha feito, e as serviu.
23 Mas não se humilhou perante o Senhor, como Manassés,
seu pai, se humilhara; pelo contrário, multiplicou Amom os seus
delitos.
24 E conspiraram contra ele os seus servos, e o mataram em sua casa.
25 Mas o povo da terra matou todos os que conspiraram contra o rei Amom, e fez reinar em lugar dele seu filho, Josias.
O reinado de Josias
34
Tinha Josias oito anos quando começou a reinar, e reinou trinta e um anos em Jerusalém.
2 Fez o que era reto aos olhos do Senhor, e andou nos caminhos de Davi,
seu pai, sem se desviar deles nem para a direita nem para a esquerda.
A purificação do templo e do culto
3 Pois no oitavo ano do seu reinado, sendo ainda
moço, começou a buscar o Deus de Davi, seu pai; e no
duodécimo ano começou a purificar Judá e
Jerusalém dos altos, dos aserins e das imagens esculpidas e de
fundição.
4 Foram derribados na presença dele os altares dos baalins; e
ele derribou os altares de incenso que estavam acima deles; os aserins
e as imagens esculpidas e de fundição ele os quebrou e
reduziu a pó, que aspergiu sobre as sepulturas dos que lhes
tinham sacrificado.
5 E os ossos dos sacerdotes queimou sobre os seus altares; e purificou Judá e Jerusalém.
6 E nas cidades de Manassés, de Efraim, de Simeão e ainda até Naftali, em seus lugares assolados ao redor,
7 derribou os altares, reduziu a pó os aserins e as imagens
esculpidas, e cortou todos os altares de incenso por toda a terra de
Israel. Então, voltou para Jerusalém.
O rei repara o templo
8 No décimo oitavo ano do seu reinado, havendo
já purificado a terra e a casa, ele enviou Safã, filho de
Azalias, Maaseias, o governador da cidade, e Joá, filho de
Joacaz, o cronista, para repararem a casa do Senhor, seu Deus.
9 E foram ter com Hilquias, o sumo sacerdote, e entregaram o dinheiro
que se tinha trazido à casa de Deus, e que os levitas, guardas
da entrada, tinham recebido da mão de Manassés, de Efraim
e de todo o resto de Israel, como também, de todo o Judá
e Benjamim, e dos habitantes de Jerusalém.
10 E eles o entregaram nas mãos dos oficiais que eram
superintendentes da casa do Senhor; estes o deram aos que faziam a obra
e que trabalhavam na casa do Senhor, para consertarem e repararem a
casa.
11 Deram-no aos carpinteiros e aos edificadores, a fim de comprarem
pedras lavradas, madeiras para as junturas e para servirem de vigas
para as casas que os reis de Judá tinham destruído.
12 E os homens trabalhavam fielmente na obra; e os superintendentes
sobre eles eram Jaate e Obadias, levitas, dos filhos de Merari, como
também Zacarias e Mesulão, dos filhos dos coatitas, para
adiantarem a obra; e todos os levitas que eram entendidos em
instrumentos de música.
13 Estavam sobre os carregadores e dirigiam todos os que trabalhavam em
qualquer sorte de serviço; também dentre os levitas eram
os escrivães, os oficiais e os porteiros.
Hilquias acha o livro da Lei
14 Ora, quando estavam tirando o dinheiro que se tinha
trazido à casa do Senhor, Hilquias, o sacerdote, achou o livro
da lei do Senhor dada por intermédio de Moisés.
15 Disse Hilquias a Safã, o escrivão: Achei o livro da lei na casa do Senhor. E entregou o livro a Safã.
16 Safã levou o livro ao rei, e deu conta também ao rei,
dizendo: Teus servos estão fazendo tudo quanto se lhes
encomendou.
17 Tomaram o dinheiro que se achou na casa do Senhor, e o entregaram
nas mãos dos superintendentes e nas mãos dos que fazem a
obra.
18 Safã, o escrivão, falou ainda ao rei, dizendo: O
sacerdote Hilquias entregou-me um livro. E Safã leu nele perante
o rei.
Josias manda consultar a profetisa Hulda
19 Quando o rei ouviu as palavras da lei, rasgou as suas vestes.
20 E o rei ordenou a Hilquias, a Aicão, filho de Safã, a
Abdom, filho de Mica, a Safã, o escrivão, e a
Asaías, servo do rei, dizendo:
21 Ide, consultai ao Senhor por mim e pelos que restam em Israel e em
Judá, sobre as palavras deste livro que se achou; pois grande
é o furor do Senhor que se tem derramado sobre nós por
não terem os nossos pais guardado a palavra do Senhor, para
fazerem conforme tudo quanto está escrito neste livro.
22 Então, Hilquias e os enviados do rei foram ter com a
profetisa Hulda, mulher de Salum, filho de Ticva, filho de
Harás, o guarda das vestiduras (ela habitava, então, em
Jerusalém, na segunda parte); e lhe falaram a esse respeito.
23 E ela lhes respondeu: Assim diz o Senhor, Deus de Israel: Dizei ao homem que vos enviou a mim:
24 Assim diz o Senhor: Eis que trarei o mal sobre este lugar, e sobre
os seus habitantes, a saber, todas as maldições que
estão escritas no livro que se leu perante o rei de Judá.
25 Porque me deixaram, e queimaram incenso a outros deuses, para me
provocarem à ira com todas as obras das suas mãos;
portanto o meu furor se derramará sobre este lugar, e não
se apagará.
26 Todavia ao rei de Judá, que vos enviou para consultar ao
Senhor, assim lhe direis: Assim diz o Senhor, Deus de Israel: Quanto
às palavras que ouviste,
27 porquanto o teu coração se enterneceu, e te humilhaste
perante Deus, ouvindo as suas palavras contra este lugar e contra os
seus habitantes, e te humilhaste perante mim, e rasgaste as tuas
vestes, e choraste perante mim, também eu te ouvi, diz o Senhor.
28 Eis que te ajuntarei a teus pais, e tu serás recolhido ao teu
sepulcro em paz, e os teus olhos não verão todo o mal que
hei de trazer sobre este lugar e sobre os seus habitantes. E voltaram
com esta resposta ao rei.
Josias renova a aliança ante o Senhor
29 Então, o rei mandou reunir todos os anciãos de Judá e de Jerusalém;
30 e subiu à casa do Senhor, com todos os homens de Judá,
e os habitantes de Jerusalém, e os sacerdotes, e os levitas, e
todo o povo, desde o menor até o maior; e ele leu aos ouvidos
deles todas as palavras do livro do pacto, que fora encontrado na casa
do Senhor.
31 E o rei pôs-se em pé em seu lugar, e fez um pacto
perante o Senhor, de andar após o Senhor, e de guardar os seus
mandamentos, e os seus testemunhos, e os seus estatutos, de todo o
coração e de toda a alma, a fim de cumprir as palavras do
pacto, que estavam escritas naquele livro.
32 Também fez com que todos quantos se achavam em
Jerusalém e em Benjamim o firmassem; e os habitantes de
Jerusalém fizeram conforme o pacto de Deus, do Deus de seus pais.
33 E Josias tirou todas as abominações de todas as terras
que eram dos filhos de Israel; e ainda fez que todos quantos se achavam
em Israel servissem ao Senhor, seu Deus. E, enquanto ele viveu,
não deixaram de seguir ao Senhor, Deus de seus pais.
A celebração da Páscoa
35 Então, Josias celebrou a
páscoa ao Senhor em Jerusalém; imolou-se o cordeiro da
páscoa no décimo quarto dia do primeiro mês.
2 E estabeleceu os sacerdotes nos seus cargos, e os animou a servirem na casa do Senhor.
3 E disse aos levitas que ensinavam a todo o Israel e que estavam
consagrados ao Senhor: Ponde a arca sagrada na casa que Salomão,
filho de Davi, rei de Israel, edificou; não tereis mais esta
carga sobre os vossos ombros. Agora, servi ao Senhor, vosso Deus, e ao
seu povo de Israel;
4 preparai-vos segundo as vossas casas paternas, e segundo as vossas
turmas, conforme o preceito de Davi, rei de Israel, e o de
Salomão, seu filho.
5 E estai no lugar santo segundo as divisões das casas paternas
de vossos irmãos, os filhos do povo, e haja para cada
divisão uma parte de uma família levítica.
6 Também imolai a páscoa, e santificai-vos, e preparai-a
para vossos irmãos, fazendo conforme a palavra do Senhor dada
por intermédio de Moisés.
7 Ora, Josias deu aos filhos do povo, a todos que ali estavam,
cordeiros e cabritos do rebanho em número de trinta mil, todos
para os sacrifícios da páscoa, e três mil novilhos;
isto era da fazenda do rei.
8 Também os seus príncipes fizeram ofertas
voluntárias ao povo, aos sacerdotes e aos levitas; Hilquias,
Zacarias e Jeiel, chefes da casa de Deus, deram aos sacerdotes, para os
sacrifícios da páscoa, dois mil e seiscentos cordeiros e
cabritos e trezentos novilhos.
9 Também Conanias, e Semaías e Netanel, seus
irmãos, como também Hasabias, Jeiel e Jozabade, chefes
dos levitas, apresentaram aos levitas, para os sacrifícios da
páscoa, cinco mil cordeiros e cabritos e quinhentos novilhos.
10 Assim, se preparou o serviço, puseram-se os sacerdotes nos
seus postos e os levitas pelas suas turmas, conforme a ordem do rei.
11 Então, imolaram a páscoa; e os sacerdotes aspergiam o
sangue que recebiam das mãos dos levitas, e estes esfolavam as
reses.
12 E puseram à parte os holocaustos para os distribuírem
aos filhos do povo, segundo as divisões das casas paternas, a
fim de que os oferecessem ao Senhor, como está escrito no livro
de Moisés; e assim fizeram com os novilhos.
13 Assaram a páscoa ao fogo, segundo a ordenança; e as
ofertas sagradas cozeram em panelas em caldeirões e em tachos, e
prontamente as repartiram entre todo o povo.
14 Depois, prepararam o que era preciso para si e para os sacerdotes;
porque os sacerdotes, filhos de Arão, se ocuparam até a
noite em oferecer os holocaustos e a gordura; pelo que os levitas
prepararam para si e para os sacerdotes, filhos de Arão.
15 Os cantores, filhos de Asafe, estavam no seu posto, segundo o
mandado de Davi, de Asafe, de Hemã e de Jedútum vidente
do rei; como também os porteiros estavam a cada porta;
não precisaram se desviar do seu serviço, porquanto seus
irmãos, os levitas, preparavam o necessário para eles.
16 Assim, se estabeleceu todo o serviço do Senhor naquele dia,
para celebrar a páscoa, e para oferecer holocaustos sobre o
altar do Senhor, segundo a ordem do rei Josias.
17 E os filhos de Israel que ali estavam celebraram a páscoa
naquela ocasião e, durante sete dias, a festa dos pães
asmos.
18 Nunca se celebrara em Israel uma páscoa semelhante a essa,
desde os dias do profeta Samuel; e nenhum dos reis de Israel celebrara
tal páscoa como a que Josias celebrou com os sacerdotes e
levitas, e todo o Judá e Israel que ali estavam, e os habitantes
de Jerusalém.
19 Foi no décimo oitavo ano do reinado de Josias que se celebrou esta páscoa.
A morte de Josias no vale do Megido
20 Depois de tudo isso, havendo Josias já
preparado o templo, subiu Neco, rei do Egito, para guerrear contra
Carquemis, junto ao Eufrates; e Josias lhe saiu ao encontro.
21 Neco, porém, mandou-lhe mensageiros, dizendo: Que tenho eu
que fazer contigo, rei de Judá? Não é contra ti
que venho hoje, mas contra a casa à qual faço guerra; e
Deus mandou que me apressasse. Deixa de te opores a Deus, que
está comigo, para que ele não te destrua.
22 Todavia, Josias não quis virar dele o seu rosto, mas
disfarçou-se para pelejar contra ele e, não querendo
ouvir as palavras de Neco, que saíram da boca de Deus, veio
pelejar no vale de Megido.
23 E os flecheiros atiraram contra o rei Josias. Então, o rei
disse a seus servos: Tirai-me daqui, porque estou gravemente ferido.
24 Seus servos o removeram do carro e pondo-o no seu segundo carro, o
trouxeram a Jerusalém. Ele morreu, e foi sepultado nos sepulcros
de seus pais. E todo o Judá e Jerusalém prantearam a
Josias.
25 Também Jeremias fez uma lamentação sobre
Josias; e todos os cantores e cantoras têm falado de Josias nas
suas lamentações até o dia de hoje; e as
estabeleceram por costume em Israel; e eis que estão escritas
nas Lamentações.
26 Ora, o restante dos atos de Josias, e as suas boas obras em conformidade com o que está escrito na lei do Senhor,
27 e os seus atos, desde os primeiros até os últimos, eis
que estão escritos no livro dos reis de Israel e de Judá.
O reinado e deposição de Jeoacaz
36
O povo da terra tomou Jeoacaz, filho de Josias, e o constituiu rei em lugar de seu pai, em Jerusalém.
2 Tinha Jeoacaz vinte e três anos quando começou a reinar, e reinou três meses em Jerusalém.
3 Porquanto o rei do Egito o depôs em Jerusalém, e
condenou a terra a pagar um tributo de cem talentos de prata e um
talento de ouro.
4 Então, o rei do Egito constituiu Eliaquim, irmão de
Jeoacaz, rei sobre Judá e Jerusalém, e mudou-lhe o nome
em Jeoaquim; mas a seu irmão, Jeoacaz, Neco o tomou e o levou
para o Egito.
O reinado de Jeoaquim
5 Tinha Jeoaquim vinte e cinco anos quando
começou a reinar, e reinou onze anos em Jerusalém; e fez
o que era mau aos olhos do Senhor, seu Deus.
6 Contra ele subiu Nabucodonosor, rei de Babilônia, e o amarrou com cadeias a fim de o levar para Babilônia.
7 Também alguns dos vasos da casa do Senhor levou Nabucodonosor
para Babilônia, e pô-los no seu templo em Babilônia.
8 Ora, o restante dos atos de Jeoaquim, e as abominações
que praticou, e o que se achou contra ele, eis que estão
escritos no livro dos reis de Israel e de Judá. E Joaquim, seu
filho, reinou em seu lugar.
O reinado de Joaquim
9 Tinha Joaquim dezoito anos quando começou a
reinar e reinou três meses e dez dias em Jerusalém; e fez
o que era mau aos olhos do Senhor.
O reinado de Zedequias
10 Na primavera seguinte, o rei Nabucodonosor mandou
que o levassem para Babilônia, juntamente com os vasos preciosos
da casa do Senhor; e constituiu a Zedequias, irmão de Joaquim,
rei sobre Judá e Jerusalém.
11 Tinha Zedequias vinte e um anos quando começou a reinar, e reinou onze anos em Jerusalém.
12 E fez o que era mau aos olhos do Senhor, seu Deus: e não se
humilhou perante o profeta Jeremias, que lhe falava da parte do Senhor.
13 Também rebelou-se contra o rei Nabucodonosor, que o tinha
ajuramentado por Deus. Mas endureceu a sua cerviz e se obstinou no seu
coração, para não voltar ao Senhor, Deus de Israel.
14 Além disso, todos os chefes dos sacerdotes e o povo
aumentavam cada vez mais a sua infidelidade, seguindo todas as
abominações dos gentios; e profanaram a casa do Senhor,
que ele tinha santificado para si em Jerusalém.
15 E o Senhor, Deus de seus pais, falou-lhes persistentemente por
intermédio de seus mensageiros, porque se compadeceu do seu povo
e da sua habitação.
16 Eles, porém, zombavam dos mensageiros de Deus, desprezando as
suas palavras e mofando dos seus profetas, até que o furor do
Senhor subiu tanto contra o seu povo, que mais nenhum remédio
houve.
O cativeiro de Judá
17 Por isso, fez vir sobre eles o rei dos caldeus, o
qual matou os seus mancebos à espada, na casa do seu
santuário, e não teve piedade nem dos mancebos, nem das
donzelas, nem dos velhos, nem dos decrépitos; entregou todos nas
mãos.
18 E todos os vasos da casa de Deus, grandes e pequenos, os tesouros da
casa do Senhor, e os tesouros do rei e dos seus príncipes, tudo
levou para Babilônia.
19 Também queimaram a casa de Deus, derribaram os muros de
Jerusalém, queimaram a fogo todos os seus palácios, e
destruíram todos os seus vasos preciosos.
20 E aos que escaparam da espada, a esses levou para Babilônia; e
se tornaram servos dele e de seus filhos, até o tempo do reino
da Pérsia,
21 para se cumprir a palavra do Senhor proferida pela boca de Jeremias,
até haver a terra gozado dos seus sábados; pois por todos
os dias da desolação repousou, até que os setenta
anos se cumpriram.
O decreto de Ciro
22 Ora, no primeiro ano de Ciro, rei da pérsia,
para que se cumprisse a palavra do Senhor proferida pela boca de
Jeremias, despertou o Senhor o espírito de Ciro, rei da
Pérsia, de modo que ele fez proclamar por todo o seu reino, de
viva voz e também por escrito, este decreto:
23 Assim diz Ciro, rei da Pérsia: O Senhor, Deus do céu,
me deu todos os reinos da terra, e me encarregou de lhe edificar uma
casa em Jerusalém, que é em Judá. Quem há
entre vós de todo o seu povo suba, e o Senhor, seu Deus, seja
com ele.
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